Âncora do programa Esportes do Povo nas rádios O POVO CBN e CBN Cariri, além do Canal FDR TV e plataformas digitais; comentarista de esportes da Rádio O POVO CBN e CBN Cariri; colunista do O POVO impresso, O POVO+ e redes sociais do O POVO. Além de Comunicação, é formado em Direito
Foto: NELSON ALMEIDA / AFP
Carlo Ancelotti, técnico da seleção brasileira
A vitória do Brasil por 2 a 0 sobre Senegal, em Londres, neste sábado, deixou uma impressão bastante positiva. O amistoso serviu para observar uma equipe com desenho tático claro, boa ocupação de espaços e intensidade constante - características que começam a marcar o comando de Carlo Ancelotti.
Senegal não era um adversário qualquer - a seleção africana estava invicta havia dois anos e mantém um padrão competitivo alto, físico e agressivo. Ainda assim, o Brasil controlou o jogo durante a maior parte do tempo, especialmente no primeiro tempo, quando Estevão e Casemiro marcaram os gols que definiram o duelo.O meio-campo funcionou como ponto de equilíbrio e de chegada à área.
Bruno Guimarães e Casemiro atuaram como volantes que não apenas protegiam, mas também avançavam o tempo inteiro, atacando espaços e se projetando. Foi justamente assim que Casemiro apareceu como elemento-surpresa para ampliar o marcador. A dinâmica entre os dois volantes deu ao Brasil um bloco central mais agressivo, algo que nos últimos jogos vinha oscilando.
Nas pontas, o desenho também foi interessante. Estevão começou aberto pela direita e Rodrygo pela esquerda, mas o setor esquerdo teve variações constantes com Vinícius Júnior. As trocas entre Vini, Rodrygo e Matheus Cunha - que atuou centralizado, mas circulou muito pelos dois lados - deram imprevisibilidade ao ataque. O Brasil ganhou profundidade, diagonais e presença constante na área senegalesa.
Defensivamente, a equipe apresentou firmeza mesmo nos momentos em que Senegal impôs pressão. A atuação de Éder Militão como lateral-direito merece destaque, função que ele já desempenhou outras vezes, mas que voltou a exercer com intensidade e segurança. O sistema foi compacto, recuperou bolas rapidamente e conseguiu evitar que Senegal acelerasse em transições, uma marca histórica do adversário.
O amistoso serviu para mostrar um time comprometido, com poder de marcação, entrega e uma estrutura tática bem delineada. O Brasil aproveitou o teste para exibir um futebol competitivo e organizado sob o comando de Ancelotti - e isso, neste momento de reconstrução, vale tanto quanto o resultado. Na próxima terça, o jogo é contra a Tunísia, na França.
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