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O ataque do PDT funciona; falta saber se a defesa tem a mesma eficiência
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Colunista de política, Gualter George é editor-executivo do O POVO desde 2007 e comentarista da rádio O POVO/CBN. No O POVO, já foi editor-executivo de Economia e ombudsman. Também foi diretor de Redação do jornal O Dia (Teresina).

O ataque do PDT funciona; falta saber se a defesa tem a mesma eficiência

Pesquisa O POVO Datafolha para prefeito de Fortaleza - eleições 2020 (Foto: O POVO)
Foto: O POVO Pesquisa O POVO Datafolha para prefeito de Fortaleza - eleições 2020

A última pesquisa O POVO/Datafolha parece consolidar a eficiente estratégia do PDT, traçada lá no começo de tudo, que previa a necessidade de fechar a campanha de primeiro turno com o candidato José Sarto à frente.

Claro que é uma vantagem apenas numérica, de um ponto percentual, configurando-se de verdade um cenário de empate técnico, mas de uma relevância fundamental para a etapa que virá logo a seguir.

Sarto pulou das posições inferiores, lá do começo, para a cabeça das pesquisas, agora no final, também por conta de uma agressiva campanha que levou para baixo os adversários diretos, Capitão Wagner (Pros), com quem permanece embolado em cima, e Luizianne Lins, que fecha a etapa mais descolada da dupla com a qual disputou espaço em boa parte do tempo.

A eficiência da tática pedetista é mensurável pelo ponto em que determinou um aumento progressivo e consistente nos índices de rejeição a Wagner e Luizianne.

O candidato do Pros, para se ter uma ideia, saiu de confortáveis 27% de eleitores que diziam não votar nele de jeito nenhum para preocupantes 41%. A petista, para se ter outra noção de como a coisa funcionou, chega ao final do primeiro turno com 47%. Muita gente.

OK, deu certo para agora e diante das necessidades de uma etapa. A curta campanha de segundo turno, confirmando-se que acontecerá com o PDT participando, talvez exija algo mais.

Para começar, de uma estratégia de resposta tão eficiente e ágil quanto a dos ataques, porque o debate da reta final, que inverteu os papeis entre o Capitão Wagner e José Sarto, pela primeira vez lançado contra as cordas, apresentou o candidato pedetista desconfortável além da conta.

O episódio explorado pela campanha do Pros era tão antigo e previsível que deveria encontrá-lo muito mais à vontade do que pareceu.

Anuncia-se um segundo turno tenso, de muita acusação e contra-acusação. A favor de Sarto, que parte na frente pelo que está indicado mais uma vez pelo O POVO/Datafolha, a possibilidade de usar mais abertamente o trunfo que representará o apoio de Camilo Santana, hipótese que somente não se confirmaria com Luizianne Lins furando as expectativas e aparecendo com uma das vagas.

Neste caso, haveria um outro cenário, diferente na política e semelhante na tensão. Seria uma outra história, em resumo.

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