Guilherme Gonsalves escreve sobre política cearense com foco nas atuações Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece) e Câmara Municipal de Fortaleza (CMFor), mostrando os seus bastidores desdobramentos no jogo político e da vida do cidadão. Repórter de Política do O POVO, setorista do Poder Legislativo, comentarista e analista. Participou do programa Novos Talentos passando pelas editorias de Audiência e Distribuição e Economia, além de Política. Também escreve sobre cinema para o Vida&Arte
O ex-senador não só costurou a volta de Ciro Gomes ao partido como está articulando união de grupos bolsonaristas para fortalecer a oposição ao PT em 2026
Foto: Fotos Yuri Allen/Especial para O Povo
O ex-senador Tasso Jereissati (PSDB)
Pela primeira vez em muitos eleições, a oposição no Ceará ensaia uma conjuntura que unirá políticos no mesmo palanque — algo que antes era impensável. E por trás das principais articulações está um velho conhecido do público, mas ausente dos grandes holofotes. Estou falando do ex-senador Tasso Jereissati (PSDB).
Foi o "galeguim dos zói azu" quem liderou as tratativas para filiar o ex-presidenciável e pré-candidato a governador Ciro Gomes ao PSDB, manter diálogo com André Fernandes (PL), vereadores e deputados. Além disso, Tasso buscará outros aliados para a oposição. Vamos por partes.
Essas idas ao PSDB são articuladas por Tasso, como disse anteriormente, mas ele mantém contato com outros membros da oposição como a ala bolsonarista. O ex-senador já recebeu André Fernandes — a quem classificou como "a maior liderança" do bloco antigoverno — em seu escritório, antes de se reunir com vereadores
No encontro com os parlamentares, Jereissati afirmou que o PL é o ponto de desequilíbrio para que a oposição possa ser competitiva contra o PT no próximo ano. Separados, não terão vitória, disse o experiente político, em papel de conselheiro.
Tasso inclusive teria buscado contato em São Paulo com o governador do estado, Tarcísio de Freitas (Republicanos) e com Gilberto Kassab, presidente nacional do PSD, a fim de tentar atrair a sigla para a oposição.
No Ceará, o PSD é presidido por Domingos Filho, secretário de Desenvolvimento Econômico do governo do Estado. Ele foi candidato a vice-governador em 2022, na chapa liderada por Roberto Cláudio.
Elefante na sala
Falando em PSD, não à toa Tasso foi buscar o partido. A agremiação tem causado movimentação e fortes especulações dentro da base aliada. Grandes lideranças do governo fizeram saber da insatisfação com a "ambição" do Domingos de ainda tentar cavar mais espaços.
"Não existe sentimento de grupo.", confidenciaram governistas à coluna. Mesmo com vice-prefeitura de Fortaleza ocupada por Gabriella Aguiar (PSD), filha de Domingos, e ele sendo secretário, a avaliação é de que o presidente precisa deixar espaço para os demais partidos da aliança.
Pinga-fogo
Há quem ache que a ida de Ciro ao PSDB pode tirar força do União Brasil com possíveis filiados///Aliás, Capitão Wagner teria o interesse em indicar sua esposa, Dayany Bittencourt como vice de Ciro///Capitão, por sua vez, deve concorrer a deputado federal
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