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"Se eu for candidato, o Wagner vai ter que se assumir com as companhias dele", afirma Idilvan Alencar
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Henrique Araújo é jornalista e mestre em Literatura Comparada pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Articulista e cronista do O POVO, escreve às quartas e sextas-feiras no jornal. Foi editor-chefe de Cultura, editor-adjunto de Cidades e editor-adjunto de Política.

"Se eu for candidato, o Wagner vai ter que se assumir com as companhias dele", afirma Idilvan Alencar

Tipo Notícia
 (Foto: Michel Jesus/ Câmara dos Deputados)
Foto: Michel Jesus/ Câmara dos Deputados

Potencial candidato do PDT à sucessão do prefeito Roberto Cláudio, o deputado federal Idilvan Alencar disse ao O POVO que, se for escolhido como postulante e a eleição em Fortaleza se nacionalizar, ele estará preparado.

“Se eu for candidato, o Wagner vai ter que se assumir com as companhias dele”, criticou, referindo-se ao também deputado federal Capitão Wagner (Pros) e a seu alinhamento com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e outras figuras do campo conservador, como a deputada federal Carla Zambelli, citada pelo pedetista.

Wagner é o principal nome da oposição ao grupo de Idilvan e de Ciro Gomes, com quem o parlamentar conversou ontem pouco antes do anúncio dos pedetistas na corrida eleitoral.

Entre os assuntos do bate-papo com Ciro, estavam o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), cujo projeto de lei será votado na próxima segunda-feira na Câmara, e a volta às aulas em meio à pandemia do novo coronavírus.

“O Idilvan é uma grande liderança desse fenômeno que faz com que o Ceará tenha 82 escolas básicas entre as 100 melhores do país”, destacou Ciro, que dedicou toda a transmissão aos bons resultados do setor sob a gestão de Idilvan e de outros pedetistas no Estado.

Instado a comentar a indicação como pré-candidato, Idilvan afirmou que foi uma surpresa. “Surpreendeu, sim. Eu não imaginava. Sabia da dificuldade do partido em encontrar nome, mas surpreendeu por causa do pouco tempo na política”, relatou.

Em seguida, ponderou que seus votos para deputado federal em Fortaleza se concentraram quase todos “nas áreas mais periféricas” e que se sente muito motivado para as eleições. “Quando me dão uma missão, gosto de cumprir bem direitinho”, respondeu.

Sobre a hipótese de aliança com o PT ainda no primeiro turno, falou que, se escolhido, vai buscar o partido para conversar e tentar chegar a um entendimento. “O campo democrático precisa entender o contexto nacional, que é perigoso”, prosseguiu o deputado. “Se eu for escolhido, vou fazer todos os esforços para uma aliança.”

Questionado se acha possível entendimento com a deputada federal e ex-prefeita Luizianne Lins (PT), pré-candidata petista, Idilvan declarou: “Eu trabalhei com a Luizianne e votei nela para vereadora, deputada e prefeita. Eu ajudei na campanha do Haddad no segundo turno, fiz evento em Fortaleza com o pessoal da educação. Vou buscar uma aliança”.

O parlamentar reconhece, no entanto, que “Fortaleza é uma cidade estratégica para o PDT” e que o partido deve se empenhar para mantê-la sob sua gestão.

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