O PDT anunciou ontem uma lista com cinco possíveis pré-candidatos à Prefeitura de Fortaleza, entre deputados e ex-secretários, mas admitiu que o nome do bloco governista pode ser de outra legenda da base aliada.
Os potenciais concorrentes da sigla foram divulgados em transmissão ao vivo conduzida pelo prefeito Roberto Cláudio e o deputado federal e presidente do partido no Ceará, André Figueiredo.
Integram o grupo pedetista os deputados estaduais José Sarto, presidente da Assembleia Legislativa do Ceará, e Salmito Filho, ex-vereador e ex-presidente da Câmara; o deputado federal e ex-secretário da Educação Idilvan Alencar; e os ex-secretários municipais Samuel Dias e Ferruccio Feitosa.
Durante transmissão pelas redes sociais, RC apresentou o modelo pelo qual o representante do PDT será indicado: rodadas semanais de discussões, que irão totalizar oito até agosto. "A ideia é fazer encontros toda terça e quinta. Teremos vários instrumentos e canais de comunicação", disse, como pesquisas internas para examinar a receptividade aos participantes da dinâmica partidária.
Já na próxima semana, os cinco escolhidos sentam-se para tratar de temas relacionados às eleições, da saúde à moradia, passando por outros assuntos. A dúvida é apenas quanto à presença de Idilvan, que estará acompanhando a tramitação de projeto de emenda Constitucional que trata da renovação do Fundeb e pode desfalcar o primeiro bate-papo.
Segundo o prefeito, esse encontro inaugural será mediado pela vice-governadora Izolda Cela, também do PDT. "Vai ser aberto à participação de qualquer cidadão e todo mundo vai poder assistir ao vivo, das 18h às 20 horas, em julho e agosto, com moderação de nomes estaduais e nacionais do PDT", informou.
"Nesse processo observado por militantes, aliados e pela população", continua o gestor, "utilizando instrumentos científicos para aferir o humor e o sentimento da população, é que vamos construir o nome que o PDT ofertará à nossa aliança". E acrescentou: "Estou dizendo isso porque nossa aliança tem outros pré-candidatos, com partidos que fazem parte dela".
Dirigente da agremiação trabalhista, André Figueiredo enfatizou que, "independentemente de quem seja o nome desse candidato, seja do PDT, seja de outro partido, nós queremos dialogar com todas as forças para que a gente possa construir esse nosso novo companheiro".
O deputado ponderou, todavia, que, como presidente do PDT, "evidentemente vou defender que seja do nosso, mas não temos pretensão de hegemonismo", afirmou, ecoando crítica frequente que o ex-presidenciável Ciro Gomes faz ao PT do ex-presidente Lula e a seu partido.
Dentro do bloco de legendas que dão sustentação a RC e ao governador Camilo Santana (PT), ao menos duas siglas têm postulantes até agora: o PSB, com o ex-secretário da Casa Civil, Élcio Batista, e o próprio PT, que aposta na deputada federal e ex-prefeita Luizianne Lins.
Para Figueiredo, o PDT irá agora iniciar "uma nova metodologia de escolha dos candidatos" ao fim da qual "vai apresentar para a população de Fortaleza saber quem será a continuidade" do atual projeto de governo na capital cearense. "Desses cinco", destacou, "teremos uma bela dor de cabeça, porque são todos qualificados".
Tanto Figueiredo quanto RC reafirmaram também a tendência de um debate nacionalizado nas eleições em Fortaleza. Nesse cenário, afirmou o chefe do Executivo, "nós, do PDT, representamos a negação de ideias perigosas", como a "intolerância, a inexperiência de governar ou achar que governar é se cercar de enfrentamentos políticos".
Salmito
Pelas redes sociais, o deputado estadual Salmito Filho (PDT) disse que recebia a indicação do partido "com muita honra e a consciência da responsabilidade" e que o "momento é ainda mais desafiador, exige a capacidade de ouvir, dialogar, unir e agir sempre em defesa da vida e dos interesses da população de Fortaleza"