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"É inoportuno antecipar calendário eleitoral do ano que vem", diz Girão
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Henrique Araújo é jornalista e mestre em Literatura Comparada pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Articulista e cronista do O POVO, escreve às quartas e sextas-feiras no jornal. Foi editor-chefe de Cultura, editor-adjunto de Cidades e editor-adjunto de Política.

"É inoportuno antecipar calendário eleitoral do ano que vem", diz Girão

"Eu jamais disputaria com o Capitão Wagner, que é o nome natural para liderar esse processo", declara o senador Eduardo Girão (Podemos-CE), cotado como candidato ao Governo do Ceará em 2022
Tipo Notícia
GIRÃO questionou abraço de Mandetta em servidora do Ministério (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado )
Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado GIRÃO questionou abraço de Mandetta em servidora do Ministério

Cotado como candidato ao Governo do Estado em 2022, o senador Eduardo Girão (Podemos-CE) diz à coluna que é “inoportuno se antecipar um calendário eleitoral do ano que vem” e que seu “foco total é na CPI da Covid”.

O senador também pede para “não falar de qualquer projeto de poder agora, pois os brasileiros sofrem as consequências da pandemia na área da saúde, desemprego e fome”.

Em seguida, porém, admite que não medirá forças com o deputado federal Capitão Wagner (Pros) para representar a oposição na sucessão do governador Camilo Santana (PT) no pleito estadual.

“Eu jamais disputaria com o Capitão Wagner, que é o nome natural para liderar esse processo, por sua inteligência, capacidade, assim como pelos seus valores e princípios”, fala Girão.

“Estarei sempre à disposição”, segue o parlamentar, “para ajudar o grupo que sonha em libertar o povo cearense da oligarquia que há tanto tempo domina a nossa política com as velhas e nefastas práticas da barganha e do toma lá dá cá”.

À coluna do jornalista Carlos Mazza desta segunda-feira, 14, Wagner afirma que “Girão não quer ser candidato” e que “votaria e apoiaria a candidatura dele com muita força, como fiz em 2018”, caso o senador entrasse na corrida eleitoral.

Questionado se de fato retirou seu nome da disputa, Girão devolve: “Não posso retirar meu nome porque, na realidade, nunca me coloquei como possível candidato”.

Eleito em 2018 para mandato de oito anos, Girão seria o postulante mais talhado para concorrer ao Governo do Estado pelo campo oposicionista, já que um possível revés não significaria perda de espaço para o grupo que ele integra.

O mesmo não se pode dizer de Capitão Wagner, que detém cargo eletivo desde 2012, ou seja, há quase dez anos, quando se elegeu vereador na esteira da paralisação da PM de 2011.

De lá para cá, foi eleito sucessivamente deputado estadual e depois federal, sempre com recordes de votação – foi campeão de votos sempre que disputou eleição proporcional.

Em 2022, na hipótese de sair como candidato ao Abolição, seria a primeira vez que Wagner teria de escolher entre manter-se com assento parlamentar ou mergulhar numa eleição cujo resultado carrega grau de incerteza maior para ele.

Foto do Henrique Araújo

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