Henrique Araújo é jornalista e mestre em Literatura Comparada pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Articulista e cronista do O POVO, escreve às quartas e sextas-feiras no jornal. Foi editor-chefe de Cultura, editor-adjunto de Cidades e editor-adjunto de Política.
O deputado federal José Airton Cirilo (PT) criticou o que, para ele, foi uma manobra articulada pela oposição ao governador Elmano de Freitas para isolar o PT no processo de escolha do coordenador da bancada cearense no Congresso.
De acordo com o parlamentar, “o candidato do PDT (Eduardo Bismarck) juntou-se e fez uma articulação com a oposição para nos isolar e por isso eu particularmente votarei contrário à forma como se deu o processo, nos escanteando, e contra o candidato”.
Sem Luizianne Lins (PT) no páreo na disputa para assumir a nova coordenação neste ano, Bismarck deve ser escolhido pelo grupo de 22 deputados e três senadores eleitos pelo Ceará.
A reunião para definir o nome que estará à frente da função em 2023 está prevista para esta terça-feira, 14, no final da tarde.
Em conversa recente com a coluna, Bismarck informou que sua intenção era costurar uma candidatura de consenso ao posto, mas, até ontem, pelo menos, deputados de PT e PP não haviam manifestado apoio a sua postulação, que contaria com 17 adesões de outras legendas, entre elas União Brasil, MDB, PSD e PDT.
Ainda conforme Cirilo, porém, os parlamentares do PT (três deputados e uma senadora) não devem se alinhar a Bismarck.
“Houve uma ação articulada para nos isolar, com isso não haverá consenso com o Eduardo”, disse.
A principal atividade do coordenador de bancada é o manejo de emendas obrigatórias, cujo valor pode chegar a R$ 300 milhões em 2023. Entre suas atribuições, está a de tentar arbitrar conflitos que possam surgir no rateio e destinação dos valores, como costuma ocorrer.
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