Quais os desfechos possíveis da crise do PDT no Ceará
Henrique Araújo é jornalista e mestre em Literatura Comparada pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Articulista e cronista do O POVO, escreve às quartas e sextas-feiras no jornal. Foi editor-chefe de Cultura, editor-adjunto de Cidades e editor-adjunto de Política.
Quais os desfechos possíveis da crise do PDT no Ceará
O sentimento majoritário entre os aliados do senador Cid Gomes é, obviamente, vê-lo liderando o partido no Ceará
O grupo do senador Cid Gomes se reúne nesta segunda-feira, 16, na sede do PDT, para eleger uma nova executiva da legenda no estado.
Até agora, nada indica que o atual dirigente estadual, deputado federal André Figueiredo, vai mobilizar aliados para participar da agenda em Fortaleza, como fez na última vez em que Cid convocou encontro da sigla, no final de setembro.
Nesse cenário, é possível que a ala cidista de fato reúna votos suficientes para encaminhar a troca de posto no PDT, cuja direção passaria às mãos de um nome escolhido por esse bloco.
O sentimento majoritário entre os aliados do senador é, obviamente, vê-lo liderando o partido no Ceará. Cid, contudo, tem evitado se apresentar explicitamente como candidato.
À coluna, um pedetista deixou claro: “Cid é nosso líder. O nome é o dele”.
Qualquer que seja o resultado da reunião de hoje, no entanto, o pedetismo seguirá em pé de guerra, inflamado como está desde julho do ano passado.
Precisamente, em 18 daquele mês, quando a agremiação colocou em votação em seu diretório a tese da candidatura de Roberto Cláudio ao Governo do Estado, que acabou vencedora entre os delegados.
O nome do ex-prefeito, porém, não foi abraçado por membros da legenda, que se recusaram a fazer campanha para o pedetista, adversário do então candidato Elmano de Freitas (PT) na corrida de 2022.
Ainda que Cid seja hoje eleito novo presidente do diretório e da executiva estaduais, a queda de braço dentro do PDT tende a continuar, com novas ações judiciais agora questionando a validade do resultado.
Mais que isso, dificilmente o comando nacional do PDT deve reconhecer os atos processados nesta segunda no Ceará como inteiramente legais, segundo apurou a coluna.
Mesmo que Carlos Lupi, presidente licenciado e hoje ministro da Previdência, tenha se mantido afastado até aqui, o pedetista deve ser peça importante na resolução desse conflito, seja para contemplar um lado ou outro.
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