MPCE abre investigação contra Ciro e o intima a "prestar explicação" sobre acusações contra governo Elmano
Henrique Araújo é jornalista e mestre em Literatura Comparada pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Articulista e cronista do O POVO, escreve às quartas e sextas-feiras no jornal. Foi editor-chefe de Cultura, editor-adjunto de Cidades e editor-adjunto de Política.
MPCE abre investigação contra Ciro e o intima a "prestar explicação" sobre acusações contra governo Elmano
Ciro foi intimado pela Procap "a prestar explicações" sobre as suspeitas de corrupção indicadas por ele em contratos celebrados pelo Abolição
O Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), por meio da Procuradoria de Justiça dos Crimes contra a Administração Pública (Procap), abriu investigação contra o ex-candidato à Presidência Ciro Gomes (PDT) para apurar acusações do pedetista contra o governo de Elmano de Freitas (PT).
Como parte da ação, deflagrada ainda em novembro deste ano, Ciro foi intimado pela Procap “a prestar explicações” sobre as suspeitas de corrupção indicadas por ele em contratos celebrados pelo Abolição.
As falas do ex-ministro foram proferidas durante encontro do PSDB no Ceará no final de outubro, dia 30.
Naquele dia, Ciro afirmou que “está tudo dominado (no estado), que nem as periferias estão pelas facções criminosas”, e que “não se realiza uma obra pública sem pagar propina”.
Inicialmente, Ciro foi instado pela Procap a se submeter a uma audiência virtual, marcada para o começo de dezembro, mas a sua defesa, segundo nota do MPCE enviada à coluna, demandou que a modalidade fosse convertida em manifestação por escrito. O pedido de Ciro foi deferido pela Justiça, que abriu prazo para o envio da resposta.
“Logo que enviadas”, continua a nota do MPCE, “as declarações do ex-governador serão analisadas pela Procap, que adotará as medidas que se fizerem necessárias”.
A coluna apurou que Ciro encaminhou a sua posição à Procap em dezembro. Nela, o ex-ministro reitera os termos daquilo que havia dito no evento do PSDB ao lado do ex-senador Tasso Jereissati e de outros tucanos cearenses, ou seja, ele mantém o que disse em relação à atual gestão do Governo do Estado.
Entre críticas a ex-aliados dentro do PDT e a figuras como o governador Elmano e o ministro Camilo Santana (PT), Ciro sustentou então, sem apresentar provas, que havia corrupção instalada na gestão.
Dias depois, o Governo do Estado representou contra Ciro na Justiça. Em ação judicial, o pedetista foi interpelado para que prove as suspeitas levantadas sobre a realização de contratos no estado.
A representação tramita na 14ª Vara da Fazenda Pública da Comarca de Fortaleza. No documento, o procurador-geral do Estado, Rafael Machado Moraes, afirma que Ciro fez discurso “permeado de graves acusações que maculam, sem a devida responsabilidade, a imagem do Estado do Ceará”.
Em seguida, o defensor cobra que, no prazo de três dias, Ciro “manifeste-se sobre o tema, prestando esclarecimentos sobre as acusações graves que proferiu contra o Estado do Ceará, indicando, expressamente, com base em que provas e fatos sustenta suas alegações contrárias a todo um conjunto de agentes, servidores e colaboradores”.
A coluna entrou em contato com Ciro por meio de assessoria, mas ainda não houve retorno. Logo que houver, o conteúdo será atualizado com a posição do ex-candidato sobre a ação movida contra ele pelo MPCE.
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