
Jornalista e colunista de futebol feminino do Esportes do O POVO. Graduada em Jornalismo no Centro Universitário Sete de Setembro (Uni7). Já passou por assessorias de imprensa e foi repórter colaborativa da plataforma de notícias VAVEL Brasil
Jornalista e colunista de futebol feminino do Esportes do O POVO. Graduada em Jornalismo no Centro Universitário Sete de Setembro (Uni7). Já passou por assessorias de imprensa e foi repórter colaborativa da plataforma de notícias VAVEL Brasil
O time feminino do Fortaleza retorna aos campos nesta semana com a agenda cheia de jogos decisivos. Nesta terça-feira, 5, as Leoas enfrentam um velho conhecido, o Juventude-RS, às 15 horas, no estádio Alfredo Jaconi, em Caxias do Sul (RS), pela terceira fase da Copa do Brasil. Três dias depois, na sexta-feira, 8, o grupo recebe o Botafogo-RJ no PV, no péssimo horário das 21 horas, pelo duelo de ida das semifinais do Brasileirão Feminino A2.
A desorganização do calendário, que permite dois confrontos tão importantes com intervalo mínimo entre eles, precisa ser destacada. Ambos os jogos são eliminatórios — o primeiro em formato de partida única e o segundo, o início do mata-mata por uma vaga na final da A2 — e são mais um exemplo da negligência da CBF com o futebol feminino. A mesma entidade que fará o Bahia enfrentar o Corinthians-SP no sábado, 9, pelo Brasileirão A1, como mandante em Pernambuco, após ter marcado um jogo do time masculino no mesmo dia. A escolha foi tão justamente criticada que recebeu o apoio até de atletas do Corinthians, que reconheceram a desvantagem imposta às adversárias.
Reclamações — infelizmente rotineiras — à parte, o duelo contra o Juventude pode servir como aquecimento para o confronto diante do Botafogo. Ainda que a viagem seja desgastante, se for para tentar olhar para o lado meio cheio do copo, é positivo entrar em campo antes do mata-mata e retomar o ritmo competitivo antes de um jogo que vale vaga na final da A2.
A vitória na Copa do Brasil vale ainda R$ 50 mil aos cofres tricolores e, em teoria, está palpável já que o Juventude faz campanha fraca em 2025: em 15 jogos, venceu apenas duas vezes, com quatro empates e nove derrotas.
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Apesar disso, o resultado em Caxias do Sul não pode ser tratado como termômetro para o desafio seguinte. As Leoas devem estar atentas ao desempenho do Botafogo, que decide em casa por ter feito campanha de destaque na A2 — algo que tem se repetido na Copa Rio Feminina. Em 18 partidas, o time carioca soma 11 vitórias, cinco empates e só duas derrotas, com 37 gols marcados e 16 sofridos.
Para vencer adversárias fortes e com tanto potencial, as Leoas vão precisar de inteligência emocional e explorar com ainda mais afinco as próprias qualidades que fizeram o time ascender. A maratona de jogos é, certamente, um obstáculo, mas não será o primeiro e nem o último dessa temporada.
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