
Jornalista e colunista de futebol feminino do Esportes do O POVO. Graduada em Jornalismo no Centro Universitário Sete de Setembro (Uni7). Já passou por assessorias de imprensa e foi repórter colaborativa da plataforma de notícias VAVEL Brasil
Jornalista e colunista de futebol feminino do Esportes do O POVO. Graduada em Jornalismo no Centro Universitário Sete de Setembro (Uni7). Já passou por assessorias de imprensa e foi repórter colaborativa da plataforma de notícias VAVEL Brasil
É chegado o momento em que a bola vai rolar para o Manjadinho Feminino. Neste sábado, 27, o Campeonato Cearense da modalidade começa com o duelo entre Hiroos Cariri e Movimenta, no CT Praxedão, às 9h30min. Às 15 horas, é a vez de Ceará e Fortaleza entrarem em campo em seus respectivos centros de treinamento (CTs). As Alvinegras, em busca de defender o título, recebem o São Gonçalo no Franzé Morais, enquanto as Leoas, no Ribamar Bezerra, encaram o The Blessed. Postulantes ao troféu, a dupla do Clássico-Rainha só se enfrenta na terceira rodada da competição, mas o clima de disputa já está aceso antes mesmo de a bola rolar.
Em busca do tricampeonato consecutivo e do hexacampeonato geral, o Ceará aposta todas as fichas em seguir com o troféu estadual — podendo também empatar em número de conquistas com o Caucaia. Para isso, como já noticiado nesta coluna, o clube chegou a pausar as atividades da base para utilizar o investimento mensal — cerca de R$ 30 mil — em reforços para o time profissional adulto. A meta interna é clara: usar o Estadual como oportunidade de dar novo fôlego ao ano, já que o Vovô pouco resistiu nas competições que disputou, Copa do Brasil e Brasileirão A3. Há ainda a vontade de impedir que o maior rival interrompa a sequência de títulos da equipe comandada por Erivelton Viana.
O ambiente no Fortaleza não é muito diferente. Pensando no Estadual e na Copa Maria Bonita, que ocorre em outubro, o Tricolor optou por não disputar a Copinha Feminina. A decisão impacta diretamente a base, mas foi tomada com um propósito definido: priorizar força máxima nas duas competições principais. Para tanto, as Leoas usarão equipes de base em parte dos compromissos, sem abrir mão da briga pelo troféu local, mesmo quando precisarem se dividir entre Ceará e Pernambuco. Com o acesso conquistado na A2, a principal meta do grupo comandado por Erandir agora é justamente quebrar a sequência de títulos do maior rival.
Decisões certas ou não quanto às bases, Ceará e Fortaleza deixam bem definido que esse Estadual terá um clima de disputa do começo ao fim, afinal, mais do que a taça, o que está em jogo é uma marca de hegemonia no Estado. Ninguém quer perder, e quem ganha com isso é o espetáculo.
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