João Paulo Biage é jornalista há 13 anos e especialista em Comunicação Pública. De Brasília, acompanha, todos os dias, os passos dos parlamentares no Congresso Nacional e a movimentação no Palácio do Planalto, local de trabalho do presidente. É repórter e comentarista do programa O POVO News e colunista do O POVO Mais
O presidente Lula sinalizou positivamente e mais dois partidos do Centrão vão embarcar no governo. PP e Republicanos - partidos dos presidente e primeiro vice-presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) e Marcos Pereira (Republicanos-SP) — negociam com Lula cargos de primeiro escalão e prometem deixar o presidente com uma base próxima de 350 parlamentares na casa.
Em meio a discussão de reforma ministerial, Lula bateu o pé e não aceitou exigências. Ele vai, sim, oferecer aos partidos cadeiras ministeriais, mas alguns nomes da Esplanada dos Ministérios são intocáveis. O presidente não vê no horizonte possíveis trocas na Saúde, comandada por Nísia Trindade; na Justiça e Segurança Pública, de Flávio Dino; no Meio Ambiente, a cargo de Marina Silva; e no Ministério da Educação, capitaneado por Camilo Santana.
O mais provável é que Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) e André Fufuca (PP-MA) ocupem as vagas de Ana Moser, no Ministério do Esporte, e de Wellington Dias (PT-PI), ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome.
Elmano de Freitas esteve em Brasília, mais uma vez, para negociar com o Governo Federal uma Medida Provisória que regulamente a produção de hidrogênio verde em todo o território nacional. O encontro se deu pois as empresas interessadas em investir na fonte de energia renovável no estado do Ceará deram um ultimato ao governador: ou o Brasil entrega uma lei sobre o tema ainda em 2023 ou os investimentos vão para os Estados Unidos, que abriu edital com US$360 milhões em incentivos fiscais para financiadores de hidrogênio verde.
O problema é que Lula fez acordo com o presidente da Câmara dos Deputado, Arthur Lira, para diminuir o número de medidas provisórias enviadas pelo Governo Federal ao Congresso. Lira já disse que vai deixar caducar a última MP editada pelo Ministério da Fazenda, sobre as apostas esportivas, e que os parlamentares vão discutir o tema por projeto de Lei. Se o Congresso não agilizar o PL, o Ceará poder perder R$ 20 bilhões em investimentos. “Nós temos receio de perder o investimento, sim. As empresas já estão pensando em migrar para os Estados Unidos e o Brasil não pode perder esses recursos. Precisamos de regulamentação urgente”, disse Elmano, visivelmente preocupado.
As bancadas dos estados do Nordeste vão acelerar a tramitação do projeto de Lei, que já está em andamento na Câmara dos Deputados. O Consórcio do Nordeste também pretende fazer reuniões com os líderes do governo no Congresso para não perderem investimentos. Ao todo, o Brasil pode ver R$ 100 bilhões de reais em energia limpa migrando para os EUA. E, certamente, ninguém quer isso.
Nem só de notícias vive esta coluna, né?! Então, vamos às fofocas. Na última sexta-feira, o líder do governo no Congresso, o senador Randolfe Rodrigues, casou-se com a advogada Priscila Barbosa. Foi quase uma reunião de líderes: estavam lá Lula e Janja, Geraldo e Lu Alckmin, Cristiano Zanin, e o trio inseparável do senado: Renan Calheiros (MDB-AL), Humberto Costa (PT-PE) e Jaques Wagner (PT-BA). O cantor e compositor Caetano Veloso foi notícia duas vezes: uma por ser padrinho de Randolfe e por cantar "Céu de Santo Amaro" na entrada dele na cerimônia; a segunda por ir de branco. Quem deixou, gente? Que deselegância!
Lindbergh Farias e Gleisi Hoffmann, ambos do PT, chegaram de mãos dadas e trocaram carinhos durante toda a festa. Lindbergh tem um quadro com a foto de Gleisi em casa, sabia? Um homem apaixonado, por certo! Outro que está apaixonado é Orlando Silva. Ele e a deputada Fernanda Melchionna estão namorando já faz um tempinho, sabia? Depois te conto…
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