João Paulo Biage é jornalista há 13 anos e especialista em Comunicação Pública. De Brasília, acompanha, todos os dias, os passos dos parlamentares no Congresso Nacional e a movimentação no Palácio do Planalto, local de trabalho do presidente. É repórter e comentarista do programa O POVO News e colunista do O POVO Mais
Pragmático, Flávio entende que tarifaço vai prejudicar a imagem de toda a família. Eduardo, Jair e Carlos, porém, acham que a guerra tarifária é a única chance de aprovar a anistia
Foto: EVARISTO SA / AFP
DEPUTADO federal Eduardo Bolsonaro está licenciado
Desde a imposição da tarifa de 50% sobre produtos brasileiros que entrarem nos Estados Unidos, a cúpula do Partido Liberal se reúne diariamente. A ideia é afinar a estratégia e tentar, de alguma forma, capitalizar politicamente com a decisão de Donald Trump. Os encontros, porém, são conturbados, com gritos e discussões e recheados de críticas e elogios às ações de Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos.
“Não dá para falar em crise, porque nós somos unidos, mas há muita gente criticando o Eduardo pelo fôlego que ele está dando para o Lula”, confidenciou à coluna um dos vice-líderes da sigla na Câmara dos Deputados.
Os bolsonaristas mais radicais apoiam a medida por entender que é a única forma de Hugo Motta ceder e votar o PL da Anistia. Eduardo, Carlos e Jair vêem no tarifaço a senha para que o ex-presidente não seja preso. Os pragmáticos, porém, estão preocupados com 2026. Como Jair não será candidato, a estratégia pode prejudicar todos que fazem parte da sigla.
O senador Flávio Bolsonaro é um dos pragmáticos. Para ele, a aventura de Eduardo já mandou o recado necessário ao Brasil. Agora, o trabalho do irmão precisa ser para adiar a tributação e por sanções individuais - como a suspensão do visto americano aos ministros do STF. Segundo o senador, o inimigo do bolsonarismo é Moraes e não o Brasil, como o tarifaço dá a entender. Ele, porém, terá que combinar com os irmãos, que só pensam em livrar a cara do pai.
Edinho Silva vai interceder por Guimarães
O líder do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães, segue articulando para garantir a candidatura ao Senado Federal em 2026. Para isso, ele se reuniu com o novo presidente do PT, Edinho Silva, que vai tratar do assunto junto ao presidente Lula. “Não falei com o presidente Lula, é assunto para depois. Deixa o Edinho cuidar”, afirmou Guimarães. Perguntado se tratou do assunto com Edinho, ele confirmou. “Cuidamos bem desse assunto”, disse.
A coluna também conversou com o presidente do PT. Para Edinho Silva, é natural que Guimarães seja candidato ao Senado por ser a segunda maior liderança do partido no Estado, atrás apenas do já senador e ministro Camilo Santana.
Interesses partidários atrapalham união da direita
Partido Liberal, União Brasil e Novo tentam articular uma parceria para as eleições de 2026. A ideia de unir a oposição ao governo Elmano e ao grupo político de Cid Gomes e Camilo Santana, porém, esbarra nos interesses de cada partido.
O União Brasil faz questão de ter candidato ao governo do estado e vê em Roberto Cláudio o nome ideal para o cargo. Há, também, a possibilidade de Capitão Wagner se candidatar ao Senado. O Novo também já tem pré-candidatos ao Governo e ao Senado, e não abre mão da posição.
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