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Quem paga a conta do 6x1
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Redator do blog e coluna homônimos, diretor de Jornalismo da Rádio O POVO/CBN e CBN Cariri, âncora do programa O POVO no Rádio e editor-geral do Anuário do Ceará

Quem paga a conta do 6x1

Em tom de campanha, Lula declarou que o fim da escala 6x1, sem redução de salário, é uma demanda do povo. Todavia, custos preocupam os empresários, sobretudo, em setores mais intensivos de pessoal
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Presidente Lula fez pronunciamento em rede nacional (Foto:  Ricardo Stuckert / PR)
Foto: Ricardo Stuckert / PR Presidente Lula fez pronunciamento em rede nacional

Quando não há projeto muito claro de País - e faz tempo que não se vê - qualquer medida oriunda do Palácio do Planalto tem a marca do que é eleitoralmente positivo. Foi assim quando um dia a Volkswagen foi levada a relançar o Fusca de Itamar - sem que o País revolucionasse o transporte público - ou quando o Governo Lula age agora para facilitar o acesso à CNH, mas não fala em aumentar rigor contra maus motoristas, por exemplo. Ou ainda quando o presidente Lula vai à cadeia nacional de rádio e TV para defender o fim da escala 6x1 (seis dias de trabalho para um de folga) como meta de Governo, ignorando as ponderações de quem emprega.

Em tom de campanha, declarou que o fim da escala 6x1, sem redução de salário, é uma demanda do povo. "Não é justo que uma pessoa seja obrigada a trabalhar duro durante seis dias, e que tenha apenas um dia para descansar o corpo e a cabeça, passear com a família, cuidar da casa, se divertir e acompanhar de perto o crescimento dos filhos".

Não há mesmo como discordar das virtudes do maior tempo de descanso ou convívio com a família. Como também não se pode negar que a meia entrada em shows e as gratuidades no transporte público são muito simpáticas. Tampouco que o acesso dos brasileiros a automóveis não seja de imenso carisma. Contudo, a parte amável embute seus preços. Não existem almoço, bilhete e escala grátis.

É pelas meias que o bilhete do espetáculo fica mais caro e pelas gratuidades que a passagem do ônibus tem impacto na planilha. Quando o Governo fala de mais acesso a automóveis, dá de ombros para a urgência de transporte público e não de mais carros na rua, ainda que menos poluentes. E quando defende uma escala menos pesada para os trabalhadores ignora as ponderações. E elas são muitas.

Os custos preocupam os empresários, sobretudo, em setores mais intensivos de pessoal. Cobram, no mínimo, medidas de transição. O risco inclui a necessidade de mais contratações para cobrir turnos e o aumento do custo com vencimentos e encargos. Quanto mais empregador é o setor maior o temor. Caso dos bares e restaurantes. 

No Ceará, o presidente da Associação do setor, a Abrasel-CE, Taiene Righetto, diz que seria trágico. Pequenos e médios negócios seriam os mais atingidos. Um efeito possível é o aumento de contratações informais. Em suma, regra única para realidades distintas implica distorções.

Decerto, há mais aplausos do que muxoxos porque existem mais empregados do que patrões. Mas o preço é pago por todos.

R$ 10 BILHÕES

Bom mesmo é ter um caminhão, canta o BNDES

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) toca o Programa BNDES Renovação de Frota para apoio à aquisição de caminhões novos. Define como critério ser mais eficientes e menos poluentes. Os caminhoneiros autônomos, cooperados e empresas transportadoras rodoviárias de carga já podem buscar os bancos parceiros desde terça-feira. O uso das rodovias para transporte de cargas ainda é 68% da matriz. Tem R$ 10 bilhões, sendo R$ 6 bilhões em recursos do Tesouro Nacional e R$ 4 bilhões em recursos captados pelo Banco a taxa de mercado.

HERANÇA DO DNER

AGU evita indenização de R$ 2 bilhões

A Advocacia-Geral da União (AGU) comemora ter impedido no Superior Tribunal de Justiça (STJ) o pagamento indevido de R$ 2 bilhões de indenização ao Banco do Estado do Rio Grande do Sul e às construtoras Sultepa S/A, Sulcatarinense, STE Serviços Técnicos de Engenharia e Pedrasul construtora AS (em recuperação judicial) O valor era cobrado pelas empresas sob o argumento de recomposição do equilíbrio financeiro de contratos firmados com o extinto Departamento Nacional de Estradas e Rodagens (DNER).

PREFEITURA E FECOMÉRCIO

Por que o Mercado da Aeroândia ficou de fora?

Ao analisar a possível gestão compartilhada do Mercado dos Pinhões e do Mercado São Sebastião, o Sistema Fecomércio e a Prefeitura deixaram de fora o Mercado da Aerolândia. E por que isso acontece? Decerto porque a Aerolândia fica fora do quadrilátero mais central da Cidade. Foi assim quando a gestão anterior do Município anunciou em cerimônia que iria desmontar o mercado às margens da BR-116 e levá-lo ao encontro do mercado aldeotino. Recuou porque houve resistência. Havendo novamente agora, Prefeitura e Fecomércio podem corrigir a indiferença. A propósito, Pinhões e Aerolândia já foram um só. Em 1897, a construção metálica importada da França foi erguida na antiga Praça Carolina (atual Praça Waldemar Falcão), no Centro de Fortaleza. Era o Mercado de Ferro (ou Mercado da Carne). Em 1938, o mercado original foi desmontado pela Prefeitura e dividido em partes. Uma delas para a Praça Visconde de Pelotas, onde fica o Mercado dos Pinhões. A outra se tornou depois o Mercado da Aerolândia.

horizontais

Cartão em massa - E os cartões de natal virtuais, hein? Ninguém segura mais. Eles estão por toda parte nas caixas de mensagem. Carregam consigo a praticidade. As pessoas praticam o envio em listas e o afeto só pode estar aí, nos nomes escolhidos para envio. Não aparece no conteúdo.

 

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