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É doutora em Educação pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Pesquisa agendas internacionais voltadas para as mulheres de países periféricos, representatividade feminina na política e história das mulheres. É autora do livro de contos
É doutora em Educação pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Pesquisa agendas internacionais voltadas para as mulheres de países periféricos, representatividade feminina na política e história das mulheres. É autora do livro de contos
A luta pelo direito à participação na esfera política foi uma das tantas outras travadas pelas mulheres. O objetivo perseguido por elas era ter acesso às decisões que afetam o destino da humanidade. Essas lutas que atravessaram os séculos XVIII, XIX, XX, e o século XXI nos revelam ainda muitas lacunas e incongruências.
A luta por representatividade política feminina tomou fôlego no continente americano e se traduziu em leis que estipulam cotas de participação feminina em cargos eletivos. Nos anos de 1990, países como Argentina (1991), Bolívia (1997) e Brasil (1995) criaram leis que buscavam enfrentar a histórica exclusão feminina nos parlamentos.
Após décadas de existência dessas leis, o quadro revela ainda uma sub-representação feminina na política e a problemática não se resume a uma questão apenas quantitativa. O que se observa atualmente é que um maior número de mulheres na política não se traduz de forma mecânica e direta, em uma maior visibilidade e questões que atingem as mulheres e, muito menos, indicam propostas que tensionam a agenda de governos.
As pautas femininas, desse modo, continuam marginalizadas e, apesar de afetarem toda a dinâmica social, ainda são compreendidas sob uma lógica identitária e particularizada, o que contribui para o abismo existente entre estar na política e fazer política.
Ao lado dessas questões estão fenômenos, como a violência política sofrida pelas mulheres, que constrange e restringe a participação ativa destas na arena política e revelam de forma patente a busca por silenciar e colocar no limbo as pautas e os debates vindos das mulheres. Dessa forma, o ter vez e voz tão aguardado pelas mulheres ainda permanece como uma promessa a ser cumprida.
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