
É doutora em Educação pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Pesquisa agendas internacionais voltadas para as mulheres de países periféricos, representatividade feminina na política e história das mulheres. É autora do livro de contos
É doutora em Educação pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Pesquisa agendas internacionais voltadas para as mulheres de países periféricos, representatividade feminina na política e história das mulheres. É autora do livro de contos
Semana passada o jornal O POVO noticiou que houve um aumento no número de jovens egressos de escola pública em universidades. A novidade foi recebida com muito entusiasmo, afinal o acesso ao ensino superior se traduz em uma maior oportunidade de emprego, de aumento salarial e de melhoria na qualidade de vida como um todo.
Contudo, a repercussão dos efeitos no incremento de escolaridade transcende os indivíduos, afetando positivamente o núcleo familiar e a comunidade nas quais estão inseridos.
O efeito irradiador da educação é, há tempos, objeto de estudo do Banco Mundial, organismo internacional criado após a 2ª Guerra com a missão de restaurar a economia de países que foram devastados pela guerra. Gradativamente o interesse do banco foi diversificando para áreas sociais.
Na década de 1990, Amartya Sen, economista do banco, criou o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), inaugurando um conceito de desenvolvimento para além do Produto Interno Bruto (PIB).
A partir daí a educação passou a ser vista como um recurso indispensável, um fator de promoção não só do indivíduo, mas de toda a sociedade. Amartya Sen concluiu que indivíduos com acesso à educação, agem de forma consciente, com propósito e responsabilidade.
O impacto da escolaridade se revela no aumento do poder individual, mas também na forma como os sujeitos exercem sua liberdade, suas escolhas e seus direitos políticos, votando com maior clareza. No caso das mulheres, Amartya Sen observou os efeitos da escolaridade na diminuição da violência doméstica e na taxa de fecundidade.
O estudo sistematizado pela economista tem o papel de demonstrar que a educação modifica não apenas o escolarizado, mas também quem está no entorno. É com essa visão que eu parabenizo os novos universitários.
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