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Chegando em Tóquio
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Com formação em desenvolvimento mobile pelo IFCE e pela Apple Academy, junto ao seu conhecimento em Design e Animação, atuação em UI|UX e experiência na criação de aplicativo móveis, fundou a Startup Mercadapp. É amante dos livros, da música, do teatro e do ballet. Tudo isso sempre junto e misturado a tecnologia e inovação. Escrever sempre foi seu refúgio dentro dessa jornada tão desafiadora, que é ser uma jovem mulher empreendedora

Larissa Lima comportamento

Chegando em Tóquio

Uma constelação de bairros, cada um com um universo próprio e um espaço que parece ser insuficiente para toda a sua diversidade cultural, histórica e tecnológica
Relato de uma viagem a Tóquio (Foto: Arquivo Pessoal/Larissa Lima)
Foto: Arquivo Pessoal/Larissa Lima Relato de uma viagem a Tóquio

Depois de dias mergulhada no interior do Japão, descobrindo suas pequenas vilas de arquitetura tradicional e os templos silenciosos que parecem suspensos no tempo, finalmente cheguei a Tóquio.

E o choque é inevitável. Kyoto, Nara e até a grandiosidade de Osaka, onde o tempo parece caminhar em uma cadência mais tranquila, ficaram para trás, dando lugar ao ritmo frenético e ao brilho quase sobre- humano da capital.

Tóquio, hoje uma das maiores metrópoles do mundo, já foi um pequeno vilarejo de pescadores chamado Edo.

A cidade começou a tomar a forma de capital em 1603, quando o xogunato Tokugawa instalou sua sede ali, transformando-a em um centro militar e administrativo.

Hoje, com uma população que ultrapassa os 37 milhões de habitantes na área metropolitana, Tóquio é um universo em si.

Ocupa uma área de mais de 2.000 quilômetros quadrados, desdobrando-se em uma constelação de bairros, cada um com um universo próprio e um espaço que parece ser insuficiente para toda a sua diversidade cultural, histórica e tecnológica.

Ao sair da estação de trem, a vastidão da cidade me engole. É difícil focar em apenas uma direção; em todos os lados, há cores, luzes, sons e um movimento incansável de pessoas.

O céu parece distante, encoberto pelos edifícios que alcançam alturas vertiginosas. Minha primeira parada foi em Shibuya.

Ao atravessar o famoso cruzamento, me senti como se estivesse dançando em um ballet urbano com milhares de outras pessoas.

As luzes de neon e os anúncios eletrônicos criam um espetáculo visual, como uma pintura que ganha vida a cada segundo.

Me dou conta da diversidade de pessoas que compõem a cena: jovens com cabelos coloridos, executivos de terno impecável, turistas encantados com cada detalhe e até mesmo carros de Mario Kart nas ruas.

Shinjuku, minha segunda parada, é um caleidoscópio ainda mais intenso. Ali, a arquitetura parece desafiar a gravidade, com prédios de formas futuristas que se erguem ao lado de bares minúsculos e tradicionais.

Depois da agitação de Shinjuku, fui ao Shinjuku Gyoen National Garden e lá pude conhecer as famosas cerejeiras, ou melhor, sakuras como é chamada em japonês. Elas são uma das mais icônicas representações da beleza efêmera da natureza no Japão.

Elas florescem brevemente na primavera, e suas flores rosadas e brancas cobrem árvores não só nos parques, mas também nos templos e ruas, criando cenários encantadores.

O simbolismo das cerejeiras vai além da estética: suas pétalas que caem rapidamente ao chão representam a transitoriedade da vida, uma lembrança de que os momentos preciosos são, muitas vezes, os mais fugazes.

Fui conhecer também, Akihabara, o paraíso para os aficionados por tecnologia, mangás e cultura pop.

As lojas de eletrônicos oferecem desde as últimas inovações tecnológicas até peças antigas que parecem saídas de outro século.

Entrei em algumas lojas, a maior parte delas com cerca de sete, oito andares dedicados inteiramente a figuras de ação com coleção de personagens de animes e mangás, expostos como jóias preciosas.

Cada canto de Akihabara pulsa com a energia dos fãs de games e tecnologia. Me perco em um arcade, onde o som dos jogos se mistura ao entusiasmo dos jogadores. E claro que eu fui lá jogar um pouco.

Mas confesso que fiquei bem impressionada mesmo foi com a imensidão de gashapons (nome que vem do som da máquina ao girar e liberar a cápsula: "gacha" para o som da manivela e "pon" para o som da cápsula caindo).

As cápsulas contêm brinquedos, e cada máquina geralmente oferece uma série temática, como personagens de animes, miniaturas de animais, ou até objetos do cotidiano em miniatura. Experimentei algumas e voltei com lembrancinhas para casa.

Foram muitas experiências vividas em uma semana que passei em Tóquio, mas não posso finalizar sem citar que a comida em Tóquio foi a melhor culinária que eu já pude experienciar na vida.

Cada refeição em Tóquio é uma experiência única, e a variedade é surpreendente: de ramen a sushi, de doces tradicionais a criações modernas.

Tóquio, a cidade onde as luzes dos prédios formam um mar de estrelas urbanas, e a sensação de vastidão é ao mesmo tempo intimidadora e impressionante.

É como olhar para uma galáxia feita de concreto e luz. Neste momento, sinto uma estranha sensação de pertencimento.

Tóquio conquistou, com toda a sua complexidade, suas contradições e sua beleza. E com muita educação, que também foi um grande ensinamento cultural do Japão, deixo meu Arigatou Gozaimasu (ありがとうございす)ま!

Foto do Larissa Lima

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