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Flashes do Rio
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Com formação em desenvolvimento mobile pelo IFCE e pela Apple Academy, junto ao seu conhecimento em Design e Animação, atuação em UI|UX e experiência na criação de aplicativo móveis, fundou a Startup Mercadapp. É amante dos livros, da música, do teatro e do ballet. Tudo isso sempre junto e misturado a tecnologia e inovação. Escrever sempre foi seu refúgio dentro dessa jornada tão desafiadora, que é ser uma jovem mulher empreendedora

Larissa Lima comportamento

Flashes do Rio

Localizado na região sudeste do Brasil, é a capital do estado homônimo e uma das cidades mais icônicas do País. Com uma população de aproximadamente 6,7 milhões de habitantes, é a segunda cidade mais populosa do Brasil, ficando atrás apenas de São Paulo
Rio de Janeiro (Foto: Arquivo pessoal)
Foto: Arquivo pessoal Rio de Janeiro

Visitei o Rio de Janeiro algumas vezes em minha vida, e sou completamente apaixonada pela beleza dessa cidade. Sempre que ponho meus pés nela, eu canto a canção de Gilberto Gil: “O Rio de Janeiro continua lindo...”.

Mas além de beleza, o Rio de Janeiro tem muita história. Localizado na região sudeste do Brasil, é a capital do estado homônimo e uma das cidades mais icônicas do País. Com uma população de aproximadamente 6,7 milhões de habitantes, é a segunda cidade mais populosa do Brasil, ficando atrás apenas de São Paulo.

Geograficamente privilegiado, e bota privilegiado nisso, o Rio se espalha entre montanhas exuberantes e o litoral atlântico, criando uma paisagem única, onde a natureza parece ter caprichado nos detalhes.

Fundada oficialmente em 1º de março de 1565 pelos portugueses, a cidade foi capital do Brasil até 1960 e testemunhou importantes momentos da história nacional, desde o período colonial até a proclamação da república. O apelido de "Cidade Maravilhosa" não é à toa. O Rio carrega um magnetismo próprio, uma mistura de beleza natural, energia vibrante e uma cultura que pulsa em cada esquina.

O meu primeiro encontro com o Rio de Janeiro, foi num fim de tarde de inverno. O avião sobrevoou a Baía de Guanabara, e pela janela já era possível avistar o Cristo Redentor abraçando a cidade lá do alto do Corcovado. O coração bateu mais forte. O Rio tem essa capacidade de te emocionar antes mesmo de você aterrissar. E confesso que nos meus encontros futuros, sempre fiquei na janela do avião para reviver esse momento. E em todos eles foram espetaculares, amanhecer, anoitecer, e mesmo já na noite escura. Todos inesquecíveis.

O caminho do aeroporto até as minhas hospedagens, também sempre foram espetáculos à parte. Passar pelo Aterro do Flamengo, com sua vista para o Pão de Açúcar, e pelo centro antigo, onde casarões históricos dividem espaço com prédios modernos, é como viver uma cena de novela.

Na minha primeira visita ao Rio, não poderia deixar de conhecer o Cristo Redentor. Peguei o trenzinho do Corcovado, por volta das 5 horas da manhã, que sobe pela floresta da Tijuca, uma das maiores florestas urbanas do mundo. A cada curva, a vista ficava mais impressionante. Quando finalmente cheguei ao topo e fiquei diante da estátua de 30 metros de altura, tive que conter a emoção.

O Cristo de braços abertos, com a cidade inteira a seus pés, é uma visão quase espiritual. Lá de cima, vi a Lagoa Rodrigo de Freitas, o Maracanã, as praias de Ipanema e Copacabana, o centro histórico e muito mais. Era como se o Rio se revelasse por inteiro, em uma só imagem. Fiquei ali por um bom tempo, tentando absorver aquela beleza quase irreal e vendo o dia amanhecer.

Eu também precisava conhecer as praias e a primeira foi Copacabana, a praia da areia branca, o calçadão com seu mosaico ondulado em preto e branco, as barracas vendendo água de coco e biscoito Globo... Era tudo exatamente como eu imaginava, e ao mesmo tempo, surpreendentemente mais intenso. Em uma das minhas idas, caminhei até o Forte de Copacabana, onde sentei para tomar um café e simplesmente observar o vai e vem da vida carioca.

Fui conhecer Ipanema também, que tem um charme próprio, diferente de Copacabana. Menos turistas, mais moradores, um ar descolado e ao mesmo tempo sofisticado. Caminhei pela orla até o Arpoador, onde o pôr do sol é quase um ritual coletivo. Quando o sol toca o mar, a galera bate palma, como se agradecesse o espetáculo. Ali, naquele momento, senti uma conexão profunda com a cidade. À noite, jantei em um restaurante de comida brasileira contemporânea no Leblon. A gastronomia carioca mistura o sabor do mar com influências nordestinas, africanas e europeias.

Resolvi explorar o centro do Rio. Comecei pela Cinelândia, com seus prédios históricos como o Theatro Municipal e a Biblioteca Nacional. Segui pela Rua do Ouvidor e visitei o Real Gabinete Português de Leitura, uma verdadeira jóia escondida. Depois, fui à Lapa, bairro boêmio conhecido por seus arcos e pela intensa vida noturna. Durante o dia, o bairro tem uma energia diferente, mais tranquila, ideal para observar os murais de arte urbana e conversar com os artistas de rua. À noite, voltei para assistir um show de Geraldo Azevedo no Circo Voador.

Mas o cartão-postal que eu mais aguardava, era ir visitar o Pão de Açúcar. Subi de bondinho, aquele mesmo que ficou famoso em filmes e novelas. A vista do alto da Urca e do próprio Pão de Açúcar é deslumbrante. De lá, você entende melhor como o Rio foi moldado pela natureza. É cidade e floresta, concreto e oceano, caos e poesia, tudo ao mesmo tempo. Em uma outra visita eu aproveitei para apreciá-lo pela Praia Vermelha, uma pequena jóia escondida aos pés do morro. Uma praia com menos movimento que as praias mais famosas, ela é perfeita para relaxar, ouvir o som das ondas e tomar um delicioso banho de mar.

Pude conhecer também o Museu do Amanhã, Museu de Arte Moderna, Mirante Dona Marta, a Igreja de Santa Teresa acessada pela Escadaria Selarón e um pouco mais desse Rio de Janeiro, que é uma cidade que te acolhe, te envolve, te transforma. Os lugares, as pessoas, os sabores, os sons. O Rio tem esse poder de condensar emoções, de te fazer sentir mais intensamente.

Na hora de partir, olhei uma última vez para o mar, respirei fundo e sorri. Porque eu sabia: aquela cidade, com todos os seus contrastes e encantos, agora fazia parte de mim. E sempre que eu retorno, eu descubro um novo Rio. Porque o Rio de Janeiro não se conhece por completo. Ele se revela aos poucos, em ondas, como o mar que o banha.

Foto do Larissa Lima

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