A primeira fase da Sul-Americana não será tão rentável para o Ceará como se imagina em meio às cotas milionárias da competição. O Alvinegro receberá 900 mil dólares (cerca de R$ 4,3 milhões) por participação na etapa de grupos do torneio continental. Entretanto, os gastos subiram bastante de 2021 para 2022 e se aproximam da quantia que o clube embolsará por disputar o certame.

A coluna apurou que os custos com frete de aeronaves subiu cerca de 83%. As equipes que disputam a Sul-Americana, assim como a Libertadores, precisam se locomover para os jogos fora de casa em voos privados, segundo determinação da Conmebol. No grupo G, o Ceará visitará os seguintes adversários: Independiente-ARG, em Buenos Aires; Deportivo La Guaira-VEN, em La Guaira; e General Caballero-PAR, em Assunção.

Por cada voo fretado, a diretoria alvinegra desembolsará 230 mil dólares. No total dos três jogos, a soma chega a 690 mil dólares. Soma-se aos custos do fretamento de aeronaves a operação da estadia em cada cidade visitada para os jogos. Custos de hospedagem mais deslocamentos, tendo em vista que o próprio clube precisa viabilizar ônibus, giram em torno de 30 mil por partida fora de casa.

No total de gastos para os confrontos como visitante, o Vovô pagará cerca de 780 mil dólares. Na subtração com as cotas da primeira fase, restará aos cofres do clube 120 mil dólares, que na cotação atual equivale a aproximadamente R$ 572 mil. Os valores de custos da operação fora de casa podem sofrer pequenas variações.

As cotas pagas pela Conmebol na fase de grupos da Sul-Americana são 300 mil dólares por cada partida como mandante. Caso o Ceará se classifique para as oitavas de final, o clube receberá mais 500 mil dólares (cerca de R$ 2,4 milhões na cotação atual). Conforme o regulamento da competição, apenas o líder de cada chave avança para o mata-mata.