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Gramado do Castelão: solução definitiva ou apenas um paliativo?
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Lucas Mota é editor-chefe de Esportes do O POVO e da rádio O POVO CBN. Estudou jornalismo na Universidade 7 de Setembro e na Universidad de Málaga (UMA). Ganhou o Prêmio CDL de Comunicação na categoria Webjornalismo e o Prêmio Gandhi de Comunicação na categoria Jornalismo Impresso, e ficou em 2º lugar no Prêmio Nacional de Jornalismo Rui Bianchi

Lucas Mota esportes

Gramado do Castelão: solução definitiva ou apenas um paliativo?

Nessa semana, a portaria assinada pelo secretário do Esporte, Rogério Pinheiro, sacudiu os bastidores do futebol cearense. O documento determinou um intervalo mínimo de 66 horas entre as partidas no estádio
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Arena Castelão, em Fortaleza (Foto: FCO FONTENELE)
Foto: FCO FONTENELE Arena Castelão, em Fortaleza

Não vejo solução a curto prazo, nem uma luz no fim do túnel para o problema aparentemente "insolucionável" do gramado da Arena Castelão. Todo ano, o roteiro se repete: reclamações de todos os lados e o tapete do Gigante da Boa Vista segue sendo um dos mais surrados do futebol brasileiro.

Na última semana, a portaria assinada pelo secretário do Esporte, Rogério Pinheiro, sacudiu os bastidores do futebol cearense. O documento determinou um intervalo mínimo de 66 horas entre as partidas no estádio, pegando de surpresa Ceará e Fortaleza, que agora precisarão negociar entre si o uso do Castelão. Quando houver choque de datas, um deles terá de mandar o jogo em outra praça, no caso mais provável o Presidente Vargas (PV).

A decisão do Governo não resolve o problema, apenas minimiza os impactos. O desgaste do gramado vai muito além da frequência de jogos. A medida, na prática, soa como um gesto do Estado para dividir responsabilidades, diante das críticas recorrentes e da falta de ação concreta dos clubes. Com isso, Ceará e Fortaleza terão de chegar a um consenso para preservar o campo. Será que eles são capazes?

Ainda assim, enxergo o cenário com pessimismo. Não acredito que a portaria, por si só, resolverá o problema crônico do gramado do Castelão. No fim do ano, o ideal seria estarmos discutindo melhorias no equipamento esportivo, mas, diante do histórico recente, há poucos motivos para otimismo.

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