Solidez defensiva impulsiona início de temporada do Ceará
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Lucas Mota é editor-chefe de Esportes do O POVO e da rádio O POVO CBN. Estudou jornalismo na Universidade 7 de Setembro e na Universidad de Málaga (UMA). Ganhou o Prêmio CDL de Comunicação na categoria Webjornalismo e o Prêmio Gandhi de Comunicação na categoria Jornalismo Impresso, e ficou em 2º lugar no Prêmio Nacional de Jornalismo Rui Bianchi
Solidez defensiva impulsiona início de temporada do Ceará
Dos 11 duelos disputados, o Vovô não levou nenhum gol em seis. Atualmente, são três jogos consecutivos sem ser vazado
Foto: AURÉLIO ALVES
Marllon superou início inseguro e é destaque da zaga do Ceará
O sistema defensivo do Ceará tem sido um dos pilares do bom momento da equipe neste início de temporada, em que ostenta 84% de aproveitamento em 11 jogos. Os números evidenciam a solidez da defesa alvinegra, que soma três partidas consecutivas sem ser vazada e sofreu apenas cinco gols em 2025.
Dos 11 duelos disputados, o Vovô não levou nenhum gol em seis. Muito mérito do trabalho desenvolvido por Léo Condé e sua comissão técnica, que rapidamente encaixaram o setor, mesmo após uma reformulação profunda decorrente do acesso à Série A. A perda do principal zagueiro de 2024, David Ricardo, foi um desafio superado com eficiência neste recorte.
Vale destacar a paciência e o olhar analítico de Condé, que não se deixou levar por erros nos primeiros jogos do ano. Um exemplo é o zagueiro Marllon, reforço do Alvinegro após se destacar no Cuiabá. O camisa 3 começou a temporada com falhas e insegurança, mas o treinador manteve a confiança nele e o deixou como titular. O atleta correspondeu.
Por outro lado, quando identificou que mudanças eram necessárias, Condé não hesitou, como no caso do goleiro Keiller. O atual titular, Bruno Ferreira, tem aproveitado bem a oportunidade.
O Ceará tem sido um time que sofre pouco defensivamente. Durante os jogos, o Vovô alterna os blocos de marcação, ora subindo a pressão, ora baixando as linhas, mas sempre mantendo organização tática. A pressão pós-perda é um trunfo da equipe, sufocando a criação dos adversários.
Elogiar o sistema defensivo não se resume apenas aos quatro defensores e ao goleiro, mas também ao trabalho coletivo. A marcação e a organização tática começam no centroavante e se estendem até o último homem da zaga. A disputa pela posse, o encurtamento dos espaços e o bom posicionamento são ações conjuntas.
Individualmente, destaco os laterais alvinegros. Fabiano, contratado após a lesão de Rafael Ramos, encaixou perfeitamente na equipe. Ele tem muita força física, o que lhe permite apoiar o ataque e recompor defensivamente. Sua presença dá mais liberdade para Matheus Bahia avançar e construir jogadas pela esquerda, o lado mais forte do setor ofensivo do Vovô.
A disposição dos meio-campistas na marcação é outro diferencial do esquema atual. Lourenço, Richardson e Fernando Sobral, que têm alternado na titularidade nas duas vagas da volância, são incansáveis no combate pelo centro do campo e protegem a zaga. Responsável por orquestrar as jogadas ofensivas, Mugni também se dedica à contenção dos rivais.
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