Marília Lovatel cursou Letras na Universidade Estadual do Ceará e é mestre em Literatura pela Universidade Federal do Ceará. É escritora, redatora publicitária e professora. É cronista em O Povo Mais (OP+), mantendo uma coluna publicada aos domingos. Membro da Academia Fortalezense de Letras, integrou duas vezes o Catálogo de Bolonha e o PNLD Literário. Foi finalista do Prêmio Jabuti 2017 e do Prêmio da Associação de Escritores e Ilustradores de Literatura Infantil e Juvenil – AEILIJ 2024. Venceu a 20ª Edição do Prêmio Nacional Barco a Vapor de Literatura Infantil e Juvenil - 2024.
Foto: Divulgação/Marilena Campos
Turma do curso de escrita literária "Crônicas da minha vida"/Projeto Viva/FB Uni
Na quinta-feira, 13 de março, retornei à sala de aula. Das minhas atividades profissionais, após trinta anos voltados totalmente ou em simultaneidade à Educação, em que ingressei no entusiasmo de meus dezessete anos, esse é um dos ofícios que desempenho com maior satisfação. E agora inicio uma jornada de três meses com uma turma dedicada a escrever as crônicas das suas vidas. Portanto, este é também um texto de boas-vindas a esse grupo e a quem tenha interesse de se mirar nos espelhos de suas experiências por meio da produção escrita.
Escrever sobre si é flertar com a imortalidade, é se dar a chance de registrar uma versão de quem somos – a que escolhemos divulgar. Dos dezessete anos para cá, tive a oportunidade de me entender no mundo, aprimorar o estilo, publicar livros, aprender as técnicas que passaram a dividir com a intuição os meus exercícios criativos.
Muitos anos correram — passam velozes —, contudo, fui tomada por uma energia revigorante, senti-me com dezessete outra vez, ao som de “You are the dancing queen / Young and sweet, only seventeen”.
Enquanto ministrava o conteúdo cuidadosamente planejado e respondia com sugestões aos sorrisos, aos olhares acesos pela perspectiva da realização de um projeto particular, único, ouvi a voz interna cantar “Feel the beat from the tambourine”.
Fazer o que se ama é ler, no balanço da rede, o livro que já fisgou o interesse, brindar com os amigos tendo ou não uma razão, algo que nos motiva a qualquer época e não dá para esquecer, e que traz um gosto de novidade guardada, a emoção adolescente de dançar na pista a que todos têm direito. “You can dance, you can jive / Having the time of your life".
Ao acompanhar as histórias dessa gente querida, a minha vida se escreve. É sagrado pisar o chão onde isso acontece, lugar gratificante de aprendizagens, partilha das memórias e transformação. É assim que volto às aulas neste semestre: tirando os meus alunos para dançar.
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