Marília Lovatel cursou Letras na Universidade Estadual do Ceará e é mestre em Literatura pela Universidade Federal do Ceará. É escritora, redatora publicitária e professora. É cronista em O Povo Mais (OP+), mantendo uma coluna publicada aos domingos. Membro da Academia Fortalezense de Letras, integrou duas vezes o Catálogo de Bolonha e o PNLD Literário. Foi finalista do Prêmio Jabuti 2017 e do Prêmio da Associação de Escritores e Ilustradores de Literatura Infantil e Juvenil – AEILIJ 2024. Venceu a 20ª Edição do Prêmio Nacional Barco a Vapor de Literatura Infantil e Juvenil - 2024.
Foto: MASP - Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand/Pierre-Auguste Renoir
Rosa e Azul, pintura de Pierre-Auguste Renoir
Da última viagem a São Paulo, eu trouxe lindos marcadores. Fiz a compra no MASP e saí feliz com as tiras de papel cartonado no saquinho do pacote.
Entre as escolhas, “Rosa e azul – As meninas Cahen d’Anvers”, de Pierre-Auguste Renoir, cuja exposição em cartaz ocupa um andar inteiro do museu, estampas de recortes de telas modernas, uma variedade impressa para morar nas páginas dos meus livros.
Se um dia me sobrar tempo e eu fizer o inventário dos que possuo, terei de incluir os prendedores com ímã, trazidos da Lello, icônica livraria portuguesa, no Porto, os adquiridos em El Ateneo, bela livraria de Buenos Aires, os romanos de um sebo italiano, onde fui presenteada pelo velho proprietário com o cartaz contendo o texto Leggere, uma carta de Francesco Petrarca a Giovanni Anchiseo, os parisienses da Shakespeare & Company, os de renda de bilro de Aquiraz.
Ao relacionar os que me vêm fácil à memória, reconheço que a importância de tais objetos vai muito além de me garantir a continuidade da leitura a partir do ponto em que parei. Por utilidade, valem etiquetas de roupa, notas de compras, fitas de cetim das embalagens de presentes.
A diferença deles é contar as histórias de lugares visitados e a minha própria. Revelar a preferência indisfarçável por conhecer livrarias, sebos e museus. Considero-os os mais perfeitos souvenirs, não são caros nem ocupam espaço na mala, agradam indistintamente.
Gosto de tê-los comigo e de oferecê-los a pessoas queridas. São guardiões do que vi, testemunhas das emoções experimentadas, dos encantos, de descobertas e fascínios.
Uma coleção se esconde em pilhas, nas prateleiras das estantes, e me traz pequenas alegrias na abertura aleatória de um volume consultado ou retomado.
Caso esta crônica se junte a outras a constituir uma coletânea publicada no futuro, certamente haverá um dentro a marcar uma página da minha vida.
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