Pressão nos preços da construção civil não deve desanimar a compra da casa própria
Jornalista, colunista de Economia da rádio O POVO/CBN; Coordenador de Projetos Especiais do Grupo O POVO DE COMUNICAÇÃO; Co-Autor do livro '50 Anos de Desenvolvimento Industrial do Ceará' e autor dos 'Diálogos Empresariais', dois livros reunindo depoimentos de líderes empreendedores do Estado do Ceará
Pressão nos preços da construção civil não deve desanimar a compra da casa própria
Financiamentos estão atraentes para os imóveis direcionados para a baixa renda, comenta André Montenegro, liderança do Sinduscon-CE
A indústria da construção civil do país abriu críticas à política de juros do Banco Central, atualmente o terceiro mais alto do mundo, atrás apenas da Argentina e Turquia. Líder do setor e diretor da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Rubens Menin reclamou: com o IPCA indo para 7% e a Selic em quase 14%, ninguém resiste, afirmou.
Outra queixa é a inflação, que a curto prazo não deve ceder para alguns itens básicos. Alimentos, por exemplo. Insumos e fornecedores de materiais de construção também permanecem com os preços puxando para cima, a despeito da redução do IPI.
No Ceará, a pressão continua
Pois bem, aqui no Ceará o engenheiro André Montenegro, liderança do setor, corrobora com a posição da indústria nacional. Segundo ele, os fornecedores continuam pressionando os preços, atualizando tabelas e assim reduzindo as margens das construtoras. Como consequência, elevando os preços dos imóveis novos.
Segundo André, o mercado mais afetado está sendo o de imóveis destinados à classe média, frustrando inclusive alguns lançamentos. Um quadro, portanto, sem solução a curto prazo. O Banco Central não deve reduzir a taxa Selic enquanto persistirem os fatores de pressão inflacionária, muitos deles externos, como os preços do petróleo e commodities.
Mas vale lembrar que comprar a casa própria continua sendo um bom negócio, em particular para os de baixa renda, recomenda André Montenegro. Ele observa que a taxa de juros para esses financiamentos continua muito baixa, cerca de 4,5% ao ano, para financiamentos imobiliários até R$200 mil. Embora mais caros pelas pressões já apontadas, os imóveis para baixa renda continuam com uma excelente linha de financiamento, com ganhos reais para os investidores.
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