Colunista de Economia, Neila Fontenele já foi editora da área e atualmente ancora o programa O POVO Economia da rádio O POVO/CBN e CBN Cariri.
Colunista de Economia, Neila Fontenele já foi editora da área e atualmente ancora o programa O POVO Economia da rádio O POVO/CBN e CBN Cariri.
Você já viu uma faixa branca pintada ao lado das vagas de carros para PCDs? Esses espaços foram determinados pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran) a fim de permitir o embarque e o desembarque de pessoas com algum problema físico para ajudar na hora de retirar uma cadeira de rodas. Por essa razão, precisam ficar próximos ao acesso de circulação de pedestres e possuem uma medida específica de 1,20 metros. Tal decisão obedece à lei 13.146, cap. X, em seu art. 47.
Infelizmente, o desconhecimento ou a falta de educação têm permitido o uso inadequado desses espaços, muitas vezes ocupados por motos ou mesmo veículos cujos motoristas desprezam (ou desconhecem) as sinalizações nas calçadas. Esse é um exemplo do quanto faltam campanhas educativas e de conscientização, não apenas para educação no trânsito, mas de civilidade, além de uma fiscalização mais efetiva.
As campanhas publicitárias, nos últimos anos, principalmente as governamentais, são voltadas para o destaque de volumes de recursos aplicados em grandes obras; ou resultados extraordinários de projetos bem-sucedidos, mas esqueceram o seu papel educativo. Talvez um dos melhores exemplos disso seja o caso das vacinas, que retomaram recentemente, depois de uma pandemia e de polêmicas desnecessárias.
A tragédia do Rio do Grande do Sul reforça a necessidade de ações concretas e estruturadas para construir uma realidade diferente no curto, médio e longo prazos. Não deveria haver mais espaços para "palanques performáticos", nem para "ignorâncias pragmáticas", diante da complexidade da realidade.
O economista Célio Fernando, em entrevista ao Guia Econômico, da Rádio O POVO/CBN, fez seu alerta e lembrou: "Descarbonização não é uma questão de utópicos e sonhadores; falar de hidrogênio faz parte de uma ética global".
Em dezembro de 2023, a Confederação Nacional da Indústria na COP 28 (Conferência Mundial do Clima) apresentou estudo no qual estimava-se um valor de R$ 40 bilhões para os processos de descarbonização da indústria brasileira até 2050 e para o combate ao aquecimento global. O tempo está passando, e os problemas estão sendo apresentados - portanto, as ações precisam ser encaminhadas.
Para Célio Fernando, estamos vendo, com a catástrofe do Rio Grande do Sul, a ponta do iceberg. A situação, entretanto, pode ser ainda mais agravada não só do ponto de vista social, mas também econômico, em relação à produção de alimentos. "Imagine se isso ocorre no Pantanal, considerado o celeiro do Brasil e do mundo".
As questões climáticas e de transição energética, como ressalta Célio Fernando, também estão ligadas à segurança alimentar. Questões como essas não são só de governos, mas de toda a sociedade, que literalmente paga caro pelo agravamento das dificuldades. Aqui no Ceará, por exemplo, existem problemas já identificados com o avanço do nível do mar, além da necessidade de preservação das áreas de mangues, entre outras questões.
As incertezas provocadas pela natureza sempre existirão, mas a possibilidade de mitigar riscos é um dever de todos; a visão socioeconômica e de governança deve prevalecer. Por essa razão, a sigla ESG precisa ultrapassar as questões de modismo.
Os consultores Eduardo Gomes de Matos e Gomes dos Santos lançam o volume 2 do livro "A Nova Gestão - futuro, trabalho e escolhas". Logo no prefácio, um alerta do professor Luís Lobão sobre como a negação já afundou as empresas. A publicação apresenta metodologias de análises e preparação para a aplicação de ações.
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