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Big techs querem mandar no mundo
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Plínio Bortolotti integra do Conselho Editorial do O POVO e participa de sua equipe de editorialistas. Mantém esta coluna, é comentarista e debatedor na rádio O POVO/CBN. Também coordenada curso Novos Talentos, de treinamento em Jornalismo. Foi ombudsman do jornal por três mandatos (2005/2007). Pós-graduado (especialização) em Teoria da Comunicação e da Imagem pela Universidade Federal do Ceará (UFC).

Big techs querem mandar no mundo

Sem regulamentação, as gigantes digitais querem promover governos autoritários, talvez dirigidos por "CEOs" dessas companhias. E, quem sabe, impor uma "autoridade mundial", sob o comando delas
Tipo Opinião
Elon Musk faz gesto semelhante a saudação nazista e ironiza acusações (Foto: Reprodução/X)
Foto: Reprodução/X Elon Musk faz gesto semelhante a saudação nazista e ironiza acusações

Ficou evidente, na posse de Donald Trump, o lugar de destaque reservado aos chefões das big techs, domesticados pelo presidente em troca de poder e vantagens pecuniárias. Estavam lá Elon Musk (X e Tesla), Mark Zuckerberg (Meta), Sam Altman (OpenAI), Shou Zi Chew (TikTok), Tim Cook (Apple), Jeff Bezos (Amazon) e Sundar Pichai (Google).

O presidente deixa explícito que vai trabalhar ao lado dessas gigantes para confrontar governos, em qualquer ponto do planeta Terra, que ousarem usar o sistema de freios e contrapesos, próprios da democracia, para enquadrar legalmente essas empresas, que hoje detém poderes capazes de confrontar estados e nações.

Em favor dessas corporações, nas primeiras horas de seu mandato, Trump, deu-lhes dois presentes: 1) anunciou investimento de R$ 500 bilhões de dólares para infraestrutura de inteligência artificial e 2) assinou uma ordem executiva para, supostamente, restaurar “liberdade de expressão”.

Mas seu propósito é instalar o faroeste nas redes sociais, forçando governos de outros países a fazerem o mesmo, de modo a impedir qualquer tipo de regulamentação.

A direção a que isso aponta é para a instauração de governos autoritários, talvez dirigidos por “CEOs” dessas companhias. Fraudes, mentiras, informações falsas e a manipulação de algoritmos cuidariam de levá-los ao poder. E, quem sabe, impor uma “autoridade mundial”, sob o comando das big techs.

Se você acha que estou resenhando um filme de ficção científica, lembre-se do gesto de Musk, que fará parte do governo Trump. Ao discursar em um dos eventos da posse. Por duas vezes, ele pôs a mão sobre o peito e esticou o braço ao modo da saudação nazista, dirigindo-se ao público.

Depois, ironizou no X as críticas recebidas. Disse que os ataques eram “batidos” e que os adversários precisavam buscar “truques sujos melhores” (nisso ele é PhD, e pode dar aulas).

Mas ele ainda não explicou porque os grupos supremacistas brancos celebraram seu gesto. Nem por que apoia o partido de extrema direita alemão, E muito menos por que integrará um governo com a mesma ideologia.

Comunidade judaica repercute gesto de Musk; entenda | O POVO NEWS

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