O Brasil frente à "diplomacia do porrete" dos Estados Unidos
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Plínio Bortolotti integra do Conselho Editorial do O POVO e participa de sua equipe de editorialistas. Mantém esta coluna, é comentarista e debatedor na rádio O POVO/CBN. Também coordenada curso Novos Talentos, de treinamento em Jornalismo. Foi ombudsman do jornal por três mandatos (2005/2007). Pós-graduado (especialização) em Teoria da Comunicação e da Imagem pela Universidade Federal do Ceará (UFC).
O Brasil frente à "diplomacia do porrete" dos Estados Unidos
Esse é um daqueles momentos em que não admite um "mas", nem tibieza, a soberania brasileira tem de ser defendida incondicionalmente
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Eduardo Bolsonaro, deputado federal licenciado
Marque a alternativa correta para classificar quem ainda insiste em dizer que a taxação de 50% imposta por Trump às mercadorias brasileiras é apenas uma “questão econômica”:
1) É um bolsonarista incorrigível.
2) Não enxerga um palmo diante do nariz.
3) é um vendilhão da pátria.
4) é um áulico de Trump e da família Bolsonaro.
5) todas as alternativas anteriores.
A moeda de troca não é o “equilíbrio” nas relações comerciais entre o Brasil e os Estados Unidos que, a propósito, são favoráveis ao país norte-americano.
A desaforada carta que Trump mandou ao governo brasileiro deixa claro, logo no primeiro parágrafo, que o negócio é impedir que Bolsonaro vá para a prisão, possibilidade que pode se concretizar ainda este ano. O documento foi redigido de forma a demonstrar que os EUA se dão o direito de intervir em questões internas no Brasil, inclusive o poder de emitir ordens ao Judiciário brasileiro.
Os dois filhos de Bolsonaro, Eduardo (deputado) e Flávio (senador) são os principais propagandistas da tese de que, ao Brasil, resta somente obedecer às exigências do homem laranja, aprovando logo uma anistia que livre Bolsonaro de pagar pelos muitos crimes pelos quais foi denunciado pelo Ministério Público Federal. Caso contrário, ameaçam, o Brasil sentirá a “diplomacia do porrete” da Casa Branca.
Enquanto isso, os representantes do poder Legislativo, o presidente da Câmara Hugo (Republicanos-PB) Motta e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), divulgam uma nota conjunta, covarde, que mal e mal defende a soberania brasileira.
Esse é um daqueles momentos em que não admite um “mas” nem tibieza. A soberania brasileira tem de ser defendida incondicionalmente, mais ainda pelos três poderes da República.
O Executivo fez sua parte de maneira adequada; o Judiciário também, em uma nota serena, porém assertiva, assinada pelo presidente da Suprema Corte, Luís Roberto Barroso. Ainda é tempo de o Legislativo fazê-lo com mais vigor. O que não pode é fraquejar em um momento crucial, em que a democracia brasileira precisa ser defendida com coragem.
Negociações? Sim. Mas não se pode iniciá-las de joelhos, como quer a patrioteira família Bolsonaro.
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