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Bolsonaro foi contido pela caneta de Moraes
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Plínio Bortolotti integra do Conselho Editorial do O POVO e participa de sua equipe de editorialistas. Mantém esta coluna, é comentarista e debatedor na rádio O POVO/CBN. Também coordenada curso Novos Talentos, de treinamento em Jornalismo. Foi ombudsman do jornal por três mandatos (2005/2007). Pós-graduado (especialização) em Teoria da Comunicação e da Imagem pela Universidade Federal do Ceará (UFC).

Bolsonaro foi contido pela caneta de Moraes

O lema bolsonarista "O Brasil acima de tudo, Deus acima de todos", deveria ser mudado para "Os Estados Unidos acima de tudo, Trump acima de todos". Ficaria mais adequado a Bolsonaro e seus sequazes
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes determinou que os decretos presidenciais que aumentaram as alíquotas de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) voltem a vigorar.  (Foto: Nelson Jr/SCO/STF)
Foto: Nelson Jr/SCO/STF O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes determinou que os decretos presidenciais que aumentaram as alíquotas de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) voltem a vigorar.

O ex-presidente Jair Bolsonaro já devia estar de malas prontas, preparando-se para um encontro com seu par romântico, o presidente dos Estados Unidos: “Sou apaixonado por Trump”, palavras de Bolsonaro. No entanto, ele foi abatido pela caneta de Alexandre de Moraes, antes mesmo de alçar voo.

Xandão ainda foi camarada com Bolsonaro, pois poderia ter-lhe imposto uma prisão domiciliar, mas preferiu aplicar medidas cautelares mais leves.

Mas a gentileza não foi levada em conta pelo ex-presidente, que reclamou de “suprema humilhação”, após lhe atarraxarem a tornozeleira eletrônica.

Na saída da sede da Polícia Federal, Bolsonaro repetiu o blablablá de “perseguido político” quando na verdade é um golpista descarado.

Por seu lado, o filho Eduardo, “exilado” (sqn) nos Estados Unidos, vem falando em “anistia ampla, geral e irrestrita” a Bolsonaro. E, pasmem, apelando para os direitos humanos. Vale tudo para evitar a cadeia do pai.

Eduardo esquece que o papai, orgulhosamente, já classificou a política de direitos humanos como “esterco da vagabundagem”.

Mas ele tem razão, os direitos humanos servem até para eles. Mesmo sendo de extrema direita, continuam sendo humanos, mesmo que sejam de má qualidade.

Porém, direitos humanos não existem para anistiar planejadores de golpe de Estado, que incluía assassinar autoridades democráticas. Pelo contrário, os defensores dos direitos humanos sempre estarão ao lado das vítimas dos ditadores e contra governos autoritários.

A Bolsonaro é garantido o devido processo legal, com amplo direito à defesa, o que um governo autoritário, como queria o réu, nunca permitiria.

Alexandre de Moraes agiu corretamente ao impor medidas cautelares a Bolsonaro, inclusive para sustar a continuidade de práticas delitivas. Afora, os sinasn que indicavam a possibilidade de fuga. Entre elas, as declarações de Eduardo Bolsonaro e as cartas de Trump, atacando o Supremo Tribunal Federal.

O objetivo de Trump é desmoralizar o Judiciário brasileiro para justificar uma fuga e um pedido de asilo nos Estados Unidos, a pátria para a qual Bolsonaro bate continência em prejuízo do Brasil. Vide o ataque ao Pix, a implicância com a rua 25 de Março e o tarifaço.

Já sugeri em outro artigo e volto a fazê-lo.

O lema bolsonarista “O Brasil acima de tudo, Deus acima de todos”, deveria ser mudado para “Os Estados Unidos acima de tudo, Trump acima de todos”. Ficaria mais adequado a Bolsonaro e seus sequazes.

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