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"Empatia" e limites: o caso da criança e da janela do avião
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Rachel Gomes é jornalista, mãe da Serena e da Martina e produz podcasts de maternidade há cinco anos. Em 2022, deu início ao MamyCast, primeiro podcast de maternidade do Ceará, onde aborda pautas informativas sobre maternidade, gestação e infância

Rachel Gomes comportamento

"Empatia" e limites: o caso da criança e da janela do avião

Mas nessa situação, e em inúmeras outras, os adultos precisam assumir o controle da situação. E assumir o controle não significa contranger os demais envolvidos, filmando e tornando tudo muito maior
Jeniffer Castro foi exposta em vídeo gravado por mãe indignada que a passageira não aceitou trocar assento no avião  (Foto: Reprodução/ Instagram @jeniffercastro)
Foto: Reprodução/ Instagram @jeniffercastro Jeniffer Castro foi exposta em vídeo gravado por mãe indignada que a passageira não aceitou trocar assento no avião

Um vídeo viralizou nas redes sociais nesta quarta-feira e tem dividido a opinião pública: uma mãe filmou uma situação que viveu em uma viagem que fazia com seu filho (ou filha). A questão "denunciada" no vídeo foi a "falta de empatia", segundo ela, por parte de uma passageira que se recusou a ceder seu lugar na janela do avião para uma criança que chorava por desejar ocupar este lugar.

Não tivemos acesso ao contexto geral e só podemos emitir opinião sobre aquele recorte que viralizou. Não há dúvidas quanto ao direito da mulher que comprou o assento na janela, em permanecer ali, não cedendo ao desejo da criança.

Sabemos também que crianças, principalmente aquelas na fase dos 2 anos (não sabemos a idade da criança em questão) não possuem amadurecimento emocional para lidar com frustrações e o resultado disso são as famosas "birras" (não gosto desse termo que julgo pejorativo aos pequenos).

Mas nessa situação, e em inúmeras outras, os adultos precisam assumir o controle da situação. E assumir o controle não significa contranger os demais envolvidos, filmando e tornando tudo muito maior.

Cara mãe da criança que queria sentar na janela, sinto muito por te julgar nessa situação específica, mas eu falo isso em tom acolhedor: acolha sua criança, sem necessariamente fazer aquilo que ela pede naquele instante.

Acolher significa ajudar a criança a se autorregular, a se acalmar e se distrair. A explicação sobre o porquê não podemos fazer as pessoas levantarem da poltrona viria em outro momento oportuno. Mas ali, naquele instante, só abrace sua criança, fique com ela até ela se tranquilizar.

Talvez toda essa experiência nos traga ensinamentos valisosos sobre empatia, crianças, birras e acolhimento.

Mulher se recusa a trocar de assento com criança em avião e situação viraliza

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