Rubens Rodrigues é jornalista, editor de Cidades do O POVO. Nesta coluna, trata de assuntos ligados a raça, diversidade e direitos humanos
Rubens Rodrigues é jornalista, editor de Cidades do O POVO. Nesta coluna, trata de assuntos ligados a raça, diversidade e direitos humanos
O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) reconheceu famílias quilombolas do Território Quilombola Serra dos Chagas, em Salitre, a 572,70 km de Fortaleza, para terem acesso às políticas públicas do Plano Nacional de Reforma Agrária (PNRA).
Medida foi publicada em portaria no Diário Oficial da União (DOU), nesta terça-feira, 17, e deve beneficiar 32 famílias.
A comunidade de Serra dos Chagas foi reconhecida e declarada pelo Incra como Remanescente de Quilombos em novembro de 2015, em portaria publicada no DOU.
Documento reconheceu a existência de 32 famílias situadas em uma área de 2.338 hectares de Salitre. Com a decisão, o território não pode mais ser contestado.
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De acordo com o Observatório Quilombola e Territórios Negros (OQ), famílias negras tradicionais da região da Serra do Araripe formam a comunidade.
"Na origem das famílias está a presença de patriarcas negros, descendentes de escravos, que migraram do município pernambucano de Araripina, no período entre o final do século XIX e a década de 40, para fixar moradia e constituir família em terras no entorno e na Serra dos Chagas", diz o OQ.
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Serra das Chagas é um dos quatro territórios certificados em Salitre. Outras comunidades na zona rural da cidade foram certificadas pela Fundação Cultural Palmares: Arapuca; Lagoa dos Crioulos; e Serra dos Leontinos.
Outras cinco comunidades estão mapeadas e em processo de certificação: Colodinos Serra dos Nogueiras; Sítio Quincas; Baixa funda; Serrinha sede e Serra do Salitre.
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