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Concurso Unificado tem mais de 10 mil candidatos indígenas e quilombolas inscritos
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Rubens Rodrigues é jornalista, editor de Cidades do O POVO. Nesta coluna, trata de assuntos ligados a raça, diversidade e direitos humanos. MBA em Jornalismo Digital e pós-graduando em Direitos Humanos, Responsabilidade Social e Cidadania Global pela PUCRS. Está entre o TOP 50 +Admirados Jornalistas Negros e Negras da Imprensa Brasileira.

Concurso Unificado tem mais de 10 mil candidatos indígenas e quilombolas inscritos

Concurso terá as provas objetivas aplicadas em outubro e dezembro deste ano, com o resultado final divulgado em janeiro de 2026
Provas objetivas do Concurso Unificado serão aplicadas em outubro (Foto: © Arte: EBC)
Foto: © Arte: EBC Provas objetivas do Concurso Unificado serão aplicadas em outubro

A segunda edição do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU) recebeu mais de 250 mil inscrições nas cotas, sendo mais de 210 mil candidatos negros (27,7% dos mais de 760 mil inscritos). Juntando as inscrições de pessoas negras, indígenas e quilombolas, esse percentual chega a 29,23% do total de inscritos no concurso.

Desse total, 6.657 indígenas (0,87% do total) e 5.004 quilombolas (0,66% do total de candidaturas confirmadas) foram inscritos.

De acordo com dados disponibilizados pelo Governo Federal, a maior concentração de inscritos indígenas ocorreu no Bloco 9 – Regulação (Intermediário), com 1.567 registros, seguido pelos blocos de Administração (1.341) e Seguridade Social (1.159).



O Bloco 9 – Regulação (Intermediário) também foi o que mais recebeu inscrições de quilombolas (1.221), seguido pelos blocos de Administração (995), Cultura e Educação (774) e Seguridade Social (771).

O CPNU 2 é o primeiro concurso a aplicar integralmente os percentuais da nova Lei de Cotas (Lei nº 15.142/2025), que ampliou a reserva de vagas para cotas em concursos públicos para 30%, sendo 25% para pessoas negras, 3% para pessoas indígenas e 2% para quilombolas.

Secretária-executiva do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), Cristina Mori, destaca que a Lei de Cotas garante que o percentual mínimo de 30% será efetivado ao fim do concurso, independentemente da proporção de inscritos.

"O objetivo da política é corrigir desigualdades históricas no acesso ao serviço público, assegurando que, ao término do processo seletivo, a representatividade seja garantida entre os aprovados", completou Mori em nota enviada pela assessoria de imprensa.

O CNPU2 terá as provas objetivas aplicadas em 5 de outubro deste ano, enquanto as discursivas serão aplicadas no dia 7 de dezembro. Resultado final será em janeiro de 2016.

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