Sara Oliveira é repórter especial de Cidades do O Povo há 10 anos, com mais de 15 anos de experiência na editoria de Cotidiano/Cidades nos cargos de repórter e editora. Pós-graduada em assessoria de comunicação, estudante de Pedagogia e interessadíssima em temas relacionados a políticas públicas. Uma mulher de 40 anos que teve a experiência de viver em Londres por dois anos, se tornou mãe do Léo (8) e do Cadu (5), e segue apaixonada por praia e pelas descobertas da vida materna e feminina em meio à tanta desigualdade
O debate não é apenas sobre o resultado do julgamento, um jogador famoso e um País alucinado por futebol e seus personagens. É sobre o valor que a palavra da mulher tem atualmente e sobre a necessidade de evoluir legalmente acerca do representa o consentimento
Uma mulher acusou o ex-lateral de tê-la estuprado dentro do banheiro de uma boate. Como não havia testemunhas ou câmeras no local, era a palavra dela contra a dele. E após 13 meses da sentença inicial e muitos recursos, a Justiça concluiu que inconsistências sobre os fatos mereciam a anulação da condenação.
A acusação afirmou que vai recorrer, mas que antes verá se a vítima consegue passar por mais um embate judicial. É frustrante alguém que foi estuprado e teve isso divulgado no mundo inteiro ter seu depoimento questionado após o algoz já ter sido condenado.
Claro, com inúmeras diferenciações, as notícias sobre o caso me fizeram lembrar dos tantos áudios divulgados referentes a um outro caso envolvendo estupro e jogadores de futebol.
Mesmo após o início do processo, sem saber que estavam tendo suas conversas gravadas, eles afirmavam com absoluta veemência que jamais acreditariam no relato de uma mulher que estava em uma boate, bêbada, com vários homens.
Os áudios são misóginos num nível que embrulha o estômago, desperta inúmeros gatilhos e deixa claro como homens realmente se acham superiores a mulheres. Deixa claro que eles contam com uma sociedade que os escutará e acolherá, em detrimento a uma mulher.
Se este homem for rico e poderoso, há ainda mais o descrédito frente ao que diz uma mulher não rica e não poderosa.
O debate não é apenas sobre o resultado do julgamento, um jogador famoso e um País alucinado por futebol e seus personagens. É sobre o valor que a palavra da mulher tem atualmente e sobre a necessidade de evoluir legalmente acerca do representa o consentimento.
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