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Evandro não cedeu em retroativo, mas garantiu outros benefícios para servidores
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Evandro não cedeu em retroativo, mas garantiu outros benefícios para servidores

Servidores fecharam acordo mesmo sem retroativos, uma das reivindicações básicas das categorias; Sindifort explica, no entanto, que houve compensação
Servidores municipais realizam ato em frente à sede da Sepog, no bairro Dionísio Torres (Foto: Marcelo Bloc/ O POVO)
Foto: Marcelo Bloc/ O POVO Servidores municipais realizam ato em frente à sede da Sepog, no bairro Dionísio Torres

Servidores municipais de Fortaleza e gestão Evandro Leitão (PT) chegaram, após meses de negociações, nesta semana a um acordo sobre a campanha salarial das categorias para 2025. Com índice geral de 4,83%, a ser pago a partir da folha de maio, o reajuste acabou não levando em consideração uma das principais reivindicações dos servidores, que cobravam pagamento retroativo para a partir de janeiro.

Secretário-geral do Sindicato dos Servidores e Empregados Públicos do Município de Fortaleza (Sindifort), Augusto Monteiro explica, no entanto, que a conquista de outros benefícios foi essencial para “apaziguar” relações mesmo sem a questão da retroatividade.

Neste sentido, ele destaca a aprovação, na última rodada de negociação com a Prefeitura de Fortaleza, de aumento do vale-alimentação básico para servidores, que foi de R$ 16,30 para R$ 17, assim como o aumento do teto desse benefício para servidores com salários de até R$ 9 mil. Além disso, categorias seguirão em novas negociações com a gestão.

“Além da negociação também é importante reafirmar que fizemos várias atividades junto com os servidores para fazer pressão na prefeitura pra gente poder avançar na pauta”, disse Augusto Monteiro. A última proposta de reajuste solicitada pelos categoria era de 6,23%, com retroativo a partir de janeiro, data-base para as categorias municipais.

Antes do acordo, a gestão propôs um reajuste parcelado de 4,83%, com aumento em 2% na folha de pagamento de junho e outros 2,83% a partir de dezembro. Segundo o executivo, esse era o percentual máximo, considerando as dívidas deixadas pela gestão de José Sarto (PDT). “O retroativo eu não tenho condições. A cada 1% desse reajuste, corresponde a quase R$ 30 milhões. Eu não posso estar agindo com irresponsabilidade”, disse Evandro Leitão em entrevista ao O POVO.

Para as próximas reuniões com a prefeitura, os sindicatos esperam negociar outros pontos da pauta como reestruturação dos Planos de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) dos servidores, que rememoram ser uma promessa de campanha de Evandro.

O movimento sindical dos servidores também ressalta as expectativas de crescimento da receita municipal para 2025, assim como a possibilidade de mudanças das condições vigentes. “Uma das prioridades que a gente acredita é valorizar o serviço público, a infraestrutura e as condições de trabalho do servidores, afinal de contas somos nós que, na ponta, oferecemos o serviço público para população”, disse Augusto Monteiro, representante do Sindifort.

por Camila Maia - Especial para O POVO

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