
Vertical é a coluna de notas e informações exclusivas do O POVO sobre Política, Economia e Cidades. É editada pelo jornalista Carlos Mazza
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Representantes do grupo de Luizianne Lins (PT) na eleição interna que definirá as presidências do PT Fortaleza e Ceará, as vereadoras Mari Lacerda (PT) e Adriana Almeida (PT) desafiam “clima de consenso” instaurado semana passada na disputa e destacam que ambas continuam candidatas às direções do partido.
No início do mês, disputa teve reviravolta após movimento na sigla passar a defender a reeleição do atual presidente do PT Ceará, Conin Filho. Antes afirmando não ter interesse na disputa, o dirigente acabou sendo “reinserido” na disputa após ausência de consenso entre corrente de José Guimarães (PT) e grupo de Camilo Santana (PT) no partido.
Com o apoio dos dois grupos majoritários do partido, a volta de Conin ao páreo gerou clima de “já ganhou” para a disputa no Estado. Em troca, corrente de Guimarães apoiará candidatura do ex-deputado Antônio Carlos (PT), do grupo “camilista”, para o PT Fortaleza. Acerto entre os grupos, no entanto, não abalou ânimos das candidaturas das vereadoras.
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“Sabemos que é difícil”, resume Adriana Almeida. “Eles têm um grande candidato, o Conin, que tem uma coesão muito forte. Mas a gente tem também a liderança da Luizianne, nós temos correntes que atuam dentro do partido, setores independentes, parlamentares. Então, a gente também tem força dentro desse processo”, continua a vereadora.
Adriana classifica como “uma surpresa” o retorno de Conin ao páreo, mas garante que a pretensão do grupo é levar candidaturas “até o final”. “Óbvio que a gente não se fecha para o diálogo, mas a nossa pretensão é continuar, representando as ideias do Campo de Esquerda, apresentando para nossa militância que o PT tem propostas diferenciadas”.
Em tom semelhante, Mari Lacerda destaca que o grupo continua em diálogo com outras correntes do partido, e defende que o processo “sirva para o fortalecimento do PT”. A vereadora questiona, no entanto, recente processo de “filiação em massa” na sigla. “Inclusive por agentes externos ao PT”, destaca.
No caso do PT Fortaleza, há hoje ainda uma terceira candidatura posta, do professor da Universidade Estadual do Ceará (Uece) Eudes Baima. Com uma proposta mais crítica à atual estrutura petista, ele defende uma revitalização da democracia interna da sigla pelo resgate de núcleos de base petistas e um controle mais rigoroso de filiações. (colaborou Camila Maia - Especial para O POVO)
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