
Vertical é a coluna de notas e informações exclusivas do O POVO sobre Política, Economia e Cidades. É editada pelo jornalista Carlos Mazza
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Por Camila Maia / especial para O POVO
O titular da Secretaria Municipal de Governo (Segov) de Fortaleza, Júnior Castro, informou que a Prefeitura segue realizando os pagamentos às empresas responsáveis por trabalhadores terceirizados desligados no início do ano.
Em coletiva que marcou o balanço semestral da gestão de Evandro Leitão (PT), o secretário destacou que ao menos R$ 10 milhões da dívida já foram quitados, valor destinado principalmente ao pagamento de rescisões e multas relativas ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) dos ex-servidores.
“Mantivemos o pagamento das empresas terceirizadas em dia. Pagamos, inclusive, uma folha atrasada, do mês de dezembro, e começamos a pagar as repactuações. (...) As empresas terceirizadas alegavam que, por falta da repactuação, que não havia sido paga no ano passado, eles não tinham condições de fornecer as rescisões”, elucida.
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Conforme Castro, o Paço já pagou R$ 10 milhões de um valor aproximado de R$ 35 milhões para essas companhias de serviços terceirizados, incluindo as dívidas de repactuações e folhas atrasadas. A expectativa é a conclusão do calendário de pagamento desses direitos trabalhistas até dezembro deste ano.
Em abril, sindicatos da categoria abriram procedimentos no Ministério do Trabalho e Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) para mediação do caso. À época, a Secretaria do Planejamento, Orçamento e Gestão (Sepog) ressaltou a situação orçamentária negativa deixada pelo prefeito José Sarto (PDT) e a responsabilidade do cumprimento das obrigações trabalhistas pelas próprias contratantes.
“Bom lembrar que isso é um déficit da gestão passada, porque não foi feito no ano passado e isso gerou esse acúmulo dessa dívida. As empresas usaram uma parte do recurso pago para as rescisões, para manter a folha de pagamento em dia. E quando as rescisões chegaram, eles não tinham mais esse valor para honrar os compromissos”, explica o secretário.
Em janeiro, o prefeito Evandro Leitão (PT) lançou pacote de redução de gastos, incluindo a redução em 30% de recursos com os terceirizados, categoria com cerca de 16 mil pessoas quando a medida foi implementada.
O gestor também suspendeu a admissão de novos subcontratados e redução em 30% das verbas para comissionados.
Além das medidas, o decreto contou com suspensão de todos os contratos e serviços não essenciais ou urgentes, suspensão de licitações de aquisição de produtos e serviços não essenciais, redução de 20% do salário do prefeito, da vice e de secretários, entre outras propostas.
A deliberação buscava gerar uma economia de R$ 500 milhões por ano, podendo ter flexibilização no segundo semestre deste ano.
O contingenciamento deve seguir em algumas categorias, mas o prefeito afirma que investimentos e obras previstos para o segundo semestre não serão inviabilizados. O anúncio foi feito durante coletiva com Evandro Leitão na sexta-feira, 11. Segundo discurso, a Prefeitura publicará novo decreto nesta semana, no Diário Oficial do Município (DOM).
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