Cantina fechada, demarcação de distanciamento social logo na calçada e aulas de educação física suspensas serão algumas das novidades que os alunos do Colégio Teles, no Passaré, vão encontrar quando voltarem às aulas presencialmente. Para entrar na escola, também haverá uma nova organização — com aferição de temperatura, higienização, formação de filas na quadra esportiva obedecendo o distanciamento social antes de serem dirigidos às salas.
Em meio à incerteza sobre quando serão autorizadas a receber os estudantes novamente, escolas particulares de bairro vêm adotando mudanças e mantendo diálogo com as famílias em meio ao planejamento para a retomada. "Temos duas entradas principais que anteriormente ficava a critério dos pais (qual utilizar). No retorno, vamos apresentar as entradas obrigatórias por segmento", exemplifica Thiago Pereira de Andrade, diretor do Colégio Teles.
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Mas o retorno às aulas após as férias dos alunos, no dia 3 de agosto, ainda será remoto, com aulas ao vivo. Posteriormente, com autorização do governo estadual, será adotado o sistema híbrido. O modelo também será adotado no Colégio Afonso Andrade, localizado no Antônio Bezerra, que já vem testando aulas síncronas, que serão oferecidas até existir uma vacina para a Covid-19.
"(Estamos pedindo) que, quando voltarmos, os alunos que têm alguma comorbidade ou alguma condição, como alérgicos ou que tenham problemas respiratórios e cardíacos, permaneçam em casa. Temos condição de transmitir a aula ao mesmo tempo tanto para os alunos que estão em casa quanto para os que estiverem na escola. Então, não terá prejuízo em relação à qualidade", explica o diretor Afonso Andrade.
"Já estamos com todos os professores na escola, mas cada um em sua sala, e esse sistema já está todo testado", afirma. O colégio atende estudantes da educação infantil II ao pré-vestibular e ainda aguarda as decisões do governo sobre a ordem que deverá ser atendida para o retorno de cada faixa etária. "Se forem os maiores, estamos preparados; se forem os menores, também. Aproveitamos para fazer uma reforma muito boa no colégio com relação à jardinagem, a espaços abertos, limpeza, preparação dos banheiros."
Disponibilização de água e sabão, além de álcool gel, por toda a escola, exigência do uso de máscaras — de preferência a N95 — e mudanças nos bebedouros, para que cada pessoa utilize garrafas individuais, são algumas medidas presentes também no Colégio Afonso Andrade, além da aferição da temperatura na entrada.
No início deste mês, o Colégio Maria Ester criou um grupo de trabalho com todos os segmentos da escola para a criação de um Protocolo Pedagógico e Sanitário. Os funcionários da escola estão recebendo orientação de uma empresa, e os estudantes terão um protocolo específico, explica a supervisora escolar da instituição, Antônia Braga.
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O colégio, que tem duas unidades, nos bairros Serrinha e Conjunto Planalto Mirassol, com turmas da educação infantil ao ensino médio, consultou as famílias por meio de formulários on-line. Sobre as mudanças estruturais, estão sendo observados pontos como o tamanho das salas, o portão de entrada e saída de alunos, a organização das carteiras, além da instalação de pias e de totens de álcool gel. "Queremos assegurar que o retorno só ocorrerá com total segurança. O bem-estar de nossos alunos, pais e colaboradores é uma preocupação constante. Esperamos que o retorno possa ser em uma porcentagem baixa e, gradualmente, ir aumentando de forma segura e responsável."
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de julho é a nova data proposta pelo Sinepe para o retorno gradual das aulas presenciais
DECRETO
O governador Camilo Santana e o prefeito Roberto Cláudio confirmaram, ontem, 17, o avanço de Fortaleza para a fase 4 do plano de retomada da economia, a partir da próxima segunda-feira, 20. Além das escolas, continuam suspensos bares, academias, espetáculos e cinemas.