Logo O POVO+
Consultas e exames em postos de Fortaleza chegam a 66,6% da média pré-pandemia
CIDADES

Consultas e exames em postos de Fortaleza chegam a 66,6% da média pré-pandemia

Após queda acentuada entre março e maio, fluxo nas unidades de saúde volta a crescer. Postos voltaram a marcar atendimentos e a oferecer plenamente os serviços no último dia 20
Edição Impressa
Tipo Notícia Por
Posto de saúde em Fortaleza (Foto: Thais Mesquita)
Foto: Thais Mesquita Posto de saúde em Fortaleza

Com a tendência de estabilização de casos da Covid-19 em Fortaleza e a retomada das atividades, os postos de saúde da Capital também voltaram, desde o último dia 20, a agendar atendimentos e oferecer 100% dos serviços de rotina. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde de Fortaleza (SMS), do início do mês até a última quinta-feira, 30, os postos de saúde e policlínicas da Capital registraram 99.665 atendimentos e exames especializados.

O número é o maior desde março, quando alguns serviços foram suspensos ou transferidos para atendimento domiciliar e teleatendimento a fim de reduzir aglomerações nas unidades. Se comparado à média dos meses pré-pandêmicos, janeiro e fevereiro, consultas e exames já chegam a 66,6% do registrado no início do ano. Os menores números foram em abril e maio, tendo registrado 61.477 e 53.757 procedimentos na saúde básica, respectivamente.

Acesse a cobertura completa do Coronavírus >

"Esses agendamentos nem sempre significam o mesmo número de pacientes. Muitas vezes, uma única pessoa faz duas ou mais marcações dependendo do acompanhamento que faz", explica Rui de Gouveia, coordenador de Redes de Atenção Primária e Psicossocial da SMS. Para o médico, o que se observa é uma tendência natural decorrente tanto da demanda que foi represada pela suspensão de alguns serviços quanto pela maior oferta que existe na Capital. "Mesmo sem considerar a pandemia, é normal que se veja um aumento dessa demanda e marcação porque a gente está ofertando mais serviços à população", afirma.

A pequena Maria Ysis, de 1 ano e 8 meses, está entre as pacientes que conseguiram ser atendidas após o retorno de consultas. Sua mãe, Marisa Medeiros, conta que "não teve dificuldade nenhuma" no posto de saúde Maurício Matos Dourado, no bairro Edson Queiroz. "Fui até lá na quinta-feira da semana passada e consegui marcar pediatra para essa terça-feira que passou. Teve demora para agendar, mas algo dentro do normal", avalia. "No dia, foi tranquilo. Cheguei, confirmei a consulta e logo fui chamada."

No entanto, para uma moradora do bairro Siqueira não tem sido fácil conseguir um atendimento ginecológico e realizar exames de sangue que foram indicados pelo clínico geral. "Tinha muita fila no dia que fui marcar e só consegui para daqui um mês", conta. Gouveia explica que o tempo de espera "é multifatorial e muito variável", dependendo do motivo para o serviço. "Uma ressonância magnética por motivo de dores de cabeça frequentes é diferente daquela para uma doença grave degenerativa, por exemplo", expõe. "Claro que a ideia é oferecer o máximo possível de serviços e contemplar a demanda real que a sociedade tem, mas a regulação e a fila de espera, por assim dizer, seguem as prioridades."

 

Especialidades com maior demanda

De janeiro até a última quinta-feira, 30, entre especialidades que devem ser agendadas, dez tiveram maior demanda nos postos de saúde de Fortaleza. São elas:

Oncologia: 17.817 atendimentos

Oftalmologia: 7.526 atendimentos

Eletrocardiograma: 7.172 atendimentos

Mamografia bilateral: 5.858 atendimentos

Ortopedia: 3.050 atendimentos

Otorrinolaringologia: 3.034 atendimentos

Cirurgia de catarata: 2.734 atendimentos

Gineco-obstetrícia: 2.438 atendimentos

Urologia: 2.303 atendimentos

Neurologia: 1.980 atendimentos


Fonte: Secretaria Municipal de Saúde de Fortaleza

O que você achou desse conteúdo?