Casais, famílias e sacerdotes se uniram na manhã deste domingo, 6, para refletir e celebrar o contexto familiar no evento “Sempre Encontrando”, promovido por meio do movimento Encontro de Casais com Cristo (ECC) da Arquidiocese de Fortaleza.
Com público estimado em 3,5 mil fiéis, o “ECC - Oásis de Esperança” aconteceu no Ginásio Paulo Sarasate, com louvores e a celebração do arcebispo metropolitano dom Gregório Paixão.
“O significado deste encontro para estas famílias reside no fato de que elas procuram demonstrar, na normalidade do cotidiano, uma possibilidade: a de restaurar na vida dos casais, em seus lares, a unidade, o diálogo, a alegria, a participação e o profundo respeito mútuo”, afirmou o arcebispo.
Dom Gregório pontuou sobre a importância das crianças no evento. “É uma presença que nos faz deslumbrar, na pouca idade, o futuro que vem pela frente e o que a gente pode fazer através dessa semente, que é plantar o bem no coração de todas as crianças. Então, realmente, é um movimento sempre de alegria”.
Um dos organizadores do movimento, o casal arquidiocesano Jadér Ribeiro, 33, e Larissa Nobre, 34, explica que mais de 120 paróquias de Fortaleza contam com o ECC e participam da missão de coordenação do evento desde janeiro deste ano.
Com o ginásio bastante cheio, Jáder expressa a gratificação e pontua o significado para o grupo. “Nós testemunhamos a presença de Deus. Percebemos que, atualmente, a família é muito atacada. E a gente sabe que a família é a célula primária da sociedade, onde a gente precisa resguardar essa família. Esses momentos são importantes para fortalecer esse núcleo”.
Houve o lançamento e momento de autógrafo do livro “O câncer será a sua missão”, da cantora Suely Façanha. A pregadora fez o show de encerramento no evento.
Foi em um testemunho que o militar aposentado Walburgo Lima, de 61 anos, entrou no ECC no ano de 2002. Da paróquia São João Batista, no distrito de Aruaru, em Morada Nova, a 167,62 quilômetros de Fortaleza, ele conta que ficou resistente ao ser convidado para participar do movimento em 2001, juntamente com a esposa, Valcine Cavalcante, 55.
“Quando nos convidaram para participar, eu disse que não iria porque nós tínhamos uma desavença na paróquia. E aí eu fiquei negando e também pedi uma resposta a Deus para lidar com isso. Nisso, eu pedi para ele me botar numa hora extra no trabalho justamente para não participar, só que uma semana antes, eu sofri um acidente de carro e aí que não tinha condições mesmo de participar do ECC. Essa foi a minha resposta. Quando foi no outro ano (2002), eu fui atrás antes mesmo das inscrições começarem."
Casados há 49 anos, Noeme Portela, de 75 anos, e José Ximenes, 79, integram o ECC há quase 20 anos. O casal relata que o movimento é um ponto de encontro que firma a parceria e vivência com Deus.
“Nesses quase 50 anos a gente traz muito conhecimento, muita aprendizagem, entende sobre renunciar, sobre o momento de se calar. A gente também sempre procura o perdão, o amor, a compreensão, porque senão a coisa não vai pra frente, não, viu?”
O casal Carlos Henrique Ferreira, de 32 anos, e Larissa Ferreira, de 29 anos, participantes do ECC, já aproveitam esses eventos para introduzir o filho de um ano e quatro meses, José Miguel, na vida católica.
"Ele já nos acompanha desde a barriguinha. E é muito maravilhoso porque ele entende que a gente está na missa. Ele já sabe quem é Nossa Senhora, a gente se ajoelha e ele se ajoelha junto, ele beija e chama Maria. Então a gente vê que são pequenos grãozinhos, mas ao longo do tempo a gente vai colhendo os frutos", afirma a mãe.