O presidente Jair Bolsonaro (PSL) comemorou pelo Twitter a conclusão de um acordo de livre-comércio entre Mercosul e a Associação Europeia de Comércio Livre (EFTA, na sigla em inglês) firmado ontem.
"Concluímos hoje as negociações do Acordo de Livre-Comércio entre Mercosul e EFTA (Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein), que tem PIB de US$ 1,1 trilhão e é o 9º maior ator comercial do mundo. Mais uma grande vitória de nossa diplomacia de abertura comercial", tuitou o presidente.
Bolsonaro ainda parabenizou os ministros Ernesto Araújo (Relações Exteriores), Paulo Guedes (Economia) e Tereza Cristina (Agricultura), "que estiveram à frente das negociações".
Após o anúncio, o assessor especial da presidência para a área internacional, Filipe Martins, creditou ao presidente a conclusão do acordo, cuja ratificação tem sido colocada em dúvida por alguns líderes europeus como reação à política ambiental do governo.
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) logo se pronunciou, por meio de nota. "Passo importante na estratégia de abertura comercial do Brasil e na maior inserção internacional da indústria".
O diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI, Carlos Abijaodi, afirma que o EFTA tem economias importantes, que, juntas, importam cerca de US$ 400 bilhões, valor superior às importações do Mercosul. "O acordo deve abrir o mercado para produtos importantes do Brasil, que atualmente enfrentam tarifas, como alumínio, laminados de ferro, produtos químicos, autopeças, além de aumentar cotas para os produtos agrícolas como carne", diz o diretor na nota enviada pela CNI.
Abijaodi afirma que é importante manter abertura por meio de acordos comerciais, para que o País consiga abrir o mercado com previsibilidade, gerando ganhos para a exportação.
De acordo com a CNI, atualmente, as exportações brasileiras para os países do EFTA estão no menor nível da última década. Em 2014, segundo dados divulgados pela entidade, o Brasil chegou a vender US$ 3,3 bilhões, valor que caiu para US$ 1,8 bilhão em 2018. "Os principais produtos com oportunidades são: carnes bovinas, preparações alimentícias, óleos de soja, autopeças, papel e cartão", diz a CNI. (Agência Estado)