Após iniciar as vendas do voo inaugural Fortaleza-Madri no último dia 22 de agosto, a Air Europa anunciou que já nas primeiras três semanas foram comercializados mais de 35% dos bilhetes do voo inaugural para 20 de dezembro. A operação no Aeroporto de Fortaleza é a quarta da companhia europeia no Brasil. As duas frequências semanais, às terças-feiras e sextas-feiras, serão ampliadas para três a partir de 21 de junho de 2020.
O diretor da Air Europa na América Latina, Diego García, destaca que a instalação no Ceará torna o Brasil o principal país para a companhia na América Latina, com quatro polos de voos diretos a Madri.
Depois de iniciadas as três frequências, a companhia espera atender até 70 mil passageiros por ano em Fortaleza. Com o voo direto para a capital espanhola, também será possível a conexão com outros 40 destinos, 24 destes dentro da Espanha.
Um dos compromissos firmados entre o Grupo Globalia, detentor da companhia aérea, e o Governo do Estado foi o de divulgar o Ceará na Espanha, fomentando o turismo.
O titular da Secretaria do Desenvolvimento Econômico e Trabalho do Estado, Maia Júnior, destacou que essa conexão de voos, além de fortalecer o turismo, deve proporcionar novas relações comerciais e negócios.
"A Air France, por exemplo, está trocando de aeronaves para operar em Fortaleza a partir de novembro. Estamos procurando estreitar as relações não só no turismo", afirma.
As divulgações também têm como foco mostrar aos espanhóis e aos italianos os potenciais do turismo no Estado. "Nosso principal desafio é gerar presença de turismo vindo para o Ceará, pensando principalmente no kitesurfe, que é um esporte muito procurado", ressalta o diretor da Air Europa no Brasil, Gonzalo Romero.
Ele ainda revela que a procura dos brasileiros pelos primeiros voos de Fortaleza com destino à Espanha, alcançam 70% das vendas. O desafio da companhia a partir de agora é fazer com que essa balança se equilibre.
Romero ainda deixou aberta a possibilidade de aumentar a quantidade de frequências diárias saindo do aeroporto. Ele ainda disse que a companhia observou a evolução de ocupação conseguida pela Air France-KLM e projeta que pelo menos no início da operação os voos da Air Europa já operem com ocupação superior a 80%.
"Achamos que o mercado está crescendo muito, principalmente o Ceará com o hub aéreo. Estamos pensando não só nos passageiros que são daqui, mas também nos que vem de outros estados e para conexões além de Madri", complementa.
A infraestrutura do Estado para receber turistas e a oportunidade que as operações aéreas proporcionam à empresa foram pontos destacados pelo diretor da Air Europa no Brasil. "Achamos que a cidade possui uma rede hoteleira muito boa, com estrutura para receber o turismo europeu".
Colaborou Vitor Magalhães
Detalhes da operação da companhia
PARCERIAS
A Air Europa também iniciou trabalho junto às agências de viagens brasileiras para fechar acordos. Parcerias com hotéis brasileiros também são observados como "viáveis".
Acordos cooperativos com empresas aéreas europeias também é plano tocado pela companhia.
Assim como Air France KLM, a Air Europa faz parte SkyTeam e vai atuar em parceria com a Gol Linhas Aéreas no Brasil, aproveitando a infraestrutura viária proporcionada pelo hub.
OPERAÇÃO
Além de iniciar os voos partindo de Fortaleza, a Air Europa já opera em outros aeroportos brasileiros: Guarulhos, em São Paulo (frequências diárias); Salvador, na Bahia (terça e quinta); e em Recife, Pernambuco (segunda e sexta).
As duas frequências semanais partindo de Fortaleza em aeronaves Airbus 330 equipadas com cabine business. Os assentos "flat bed" da classe business se tornam camas, com o objetivo de oferecer máximo conforto para os passageiros.
NORDESTE
A companhia aérea chegou à Região em dezembro de 2003, quando passou a operar em Salvador. Em 2017, aumentou a participação com a operação no Aeroporto do Recife. Em 2019, a média de ocupação nas aeronaves em voos nessas cidades chega a 80%, com 148 mil passageiros transportados.
Cargas
Um dos pontos que animam os executivos da Air Europa é o potencial do Ceará quanto ao transporte de cargas no porão das aeronaves. Pescados, frutas, farmacêuticos, couros e peças para automóveis foram mercadorias apontadas pelo diretor da companhia aérea no Brasil, Gonzalo Romero.