Atualizada às 13h30min
Mais de 7,2 milhões de pessoas embarcaram e desembarcaram no Aeroporto de Fortaleza em 2019, marca que representa um novo recorde, pelo segundo consecutivo. O número é 9% maior em relação ao total de 6,6 milhões de passageiros que passaram pelo terminal em 2018. Antes da administração da Fraport, o recorde havia sido registrado em 2014, ano em que Fortaleza foi uma das cidades que sediou jogos da Copa do Mundo de Futebol. Foram mais de 6,3 milhões de pessoas.
A demanda só deve aumentar com o passar dos anos. De acordo com estudos de demanda da empresa, a movimentação de passageiros deve passar dos 9 milhões até 2023. Para 2021, a meta é alcançar os 8 milhões de embarques e desembarques. Ao assumir sozinha o terminal, em janeiro de 2018, a Fraport afirmou que espera crescimento constante de 5% ao ano.
O aumento do número de voos foi um dos pontos que favoreceram a alta do fluxo de pessoas. Em um ano, a movimentação passou de 58,2 mil aeronaves para mais de 59,6 mil.
De acordo com o engenheiro aeronáutico e especialista em Transporte Aéreo, Adalberto Febeliano, os números mostram uma consolidação da Fraport na administração.
"O novo aeroporto ainda não foi totalmente inaugurado, mas já há áreas entregues com instalações muito boas. A cordialidade com que os funcionários atendem os passageiros é diferencial. Esse resultado se deve a maior conectividade do aeroporto", analisa.
A movimentação poderia ser ainda maior caso a atuação da Avianca não tivesse sido suspensa em 2019 por causa da recuperação judicial. Segundo mais importante aeroporto do Estado, o Orlando Bezerra de Menezes, em Juazeiro do Norte, chegou a passar período sem voos diretos ligando a Fortaleza.
Com o problema, o caminho mais rápido entre a Capital e Juazeiro do Norte era passando por Recife. Além disso, a passagem encareceu e as viagens poderiam durar 18 horas — se a conexão for feita em São Paulo —, o que até então era realizado em apenas uma hora.
O problema, inciado em abril do ano passado, só foi resolvido em no meio do ano com voos da Gol e da Azul. Nesse meio tempo, houve um acordo com uma empresa de táxi aéreo que realizou a rota em voo fretado.
Esse problema fez com que a movimentação de passageiros, aeronaves e cargas diminuísse bastante no terminal caririense. Em 2019, 535,4 mil passageiros passaram pelo Aeroporto de Juazeiro do Norte, enquanto em 2018 foram 563,8 mil pessoas embarcando e desembarcando na cidade. Queda de 5% no período.
No quesito cargas, a redução foi de 31% e, em movimentação de aeronaves, quase 15%. Os dados foram confirmados pela Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), que deixou a administração. A partir de agora, a gestão das operações é feita empresa espanhola Aena Desarrollo.
"Entregamos ao novo operador aeroportuário um terminal moderno e, acima de tudo, que opera com elevados níveis de segurança", disse o presidente da Infraero, Brigadeiro Paes de Barros. A expectativa pela Aena é positiva. Febeliano diz que a reputação da empresa é grande e ela é especialista em desenvolvimento de "aeroportos turísticos".
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A Aena, nova operadora do Aeroporto de Juazeiro do Norte — que atualmente conta com voos operados pelas companhias aéreas Azul e Gol com destino a Campinas e Guarulhos-SP, Recife e Fortaleza —, arrematou, em março do ano passado, com o ágio de 1.010% em relação ao lance mínimo inicial de R$ 171 milhões, os aeroportos de Recife (PE), Maceió (AL), Aracaju-SE, João Pessoa-PB e Campina Grande-PB.