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Inovar é questão de sobrevivência aos negócios, diz professor PhD da Arizona State University, Rivadávia Drummond de Alvarenga Neto
Economia

Inovar é questão de sobrevivência aos negócios, diz professor PhD da Arizona State University, Rivadávia Drummond de Alvarenga Neto

Ele falou sobre o tipo de liderança que os negócios precisam a partir de agora, em palestra no Futura Trends 2020
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 NO VÍDEO, professor Rivadávia; no estúdio, Nazareno Albuquerque e Adailma Mendes, do O POVO, com o presidente da Unimed Fortaleza, Elias Leite (direita)  (Foto: FCO FONTENELE)
Foto: FCO FONTENELE  NO VÍDEO, professor Rivadávia; no estúdio, Nazareno Albuquerque e Adailma Mendes, do O POVO, com o presidente da Unimed Fortaleza, Elias Leite (direita)

Muitas empresas precisaram se reinventar na pandemia. A inovação foi fator primordial para que um negócio sobrevivesse ou fracassasse e, segundo o professor do Departamento de Gestão e Empreendedorismo da Arizona State University, Rivadávia Drummond de Alvarenga Neto, não é mais uma questão de aceitar ou querer o processo de inovação. É preciso que as pessoas passem a entender essas mudanças para avançar nas carreiras.

Rivadávia, que é PhD e autor de dois best sellers publicados no Brasil sobre inovação, empreendedorismo e gestão do conhecimento, além de indicado Best Business Professor of the Year Award - The Economist Intelligence Unit - 2013, foi o convidado para desenvolver a palestra "O mundo pós-pandemia: impactos nas empresas, gestores e mercados; caminhos para enfrentar as incertezas e ambiguidades na gestão e no trabalho", na segunda noite da 10ª edição do seminário Futura Trends.

Na avaliação do professor, no âmbito da gestão de negócios, estamos lidando com um momento de grande incerteza e ambiguidade, que impõe aos negócios demandas completamente novas e um momento de difícil interpretação.

Rivadávia explica que demandas surgem para as empresas com a digitalização, como uma nova forma de se relacionar com os clientes, e, para isso, é preciso mudar de dentro. "A gestão tradicional não funciona num cenário em que um novo mercado é criado. É preciso educar os gestores para adaptar a gestão tradicional com gestão empreendedora. Em cenários de grande incerteza, a gestão tradicional tem pouca valia".

Ele defende que os líderes estimulem a experimentação na empresa, para encontrar melhores ideias, cercando-se de pessoas com competências e que abracem a mudança e os erros como algo natural do processo de desenvolvimento. O importante para o cliente neste momento será como as organizações vão dar respostas a suas dores. "Transformação digital não é só sobre tecnologia, mas uma intimidade com os clientes, criando valor sem precedentes para eles".

Neste processo de inovação, disse o PhD, haveria quatro etapas não lineares: gerar insights; avaliar se o problema é monetizável; construção de protótipos; e ver um modelo de negócios ideal de como a solução chegará ao mercado e como ganhar dinheiro com ela.

Dentre as grandes transformações que podem impactar o Brasil e as oportunidades que serão criadas, o professor destaca três negócios. Inicialmente o da educação, que teve o desafio de como dar continuidade ao processo de aprendizado das crianças em todo o mundo, pois "os sistemas público e privado não estavam preparados".

"(Aproximadamente) 1,5 bilhão de crianças ficaram sem aulas no início da pandemia. E raríssimas foram as escolas que estavam preparadas e foi feito o que chamo de puxadinho digital. Tenho pra mim que o futuro da educação será tanto digital quanto presencial, diz Rivadávia, ressaltando que o investimento estimado em educação a distância é de 350 bilhões de dólares até 2025.

Outros negócios que podem ser beneficiados são o de Telemedicina. E também os negócios imobiliários, com a "invasão" de fintechs nesse mercado.

 


SERVIÇO

Seminário Futura Trends 2020

Quando: Até amanhã, 29, às 18 horas

Inscrições e valores: seminariofuturatrends.com.br

 

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