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Quatro cidades do Ceará estão entre as dez mais competitivas do Nordeste
Economia

Quatro cidades do Ceará estão entre as dez mais competitivas do Nordeste

O destaque do Ranking de Competitividade dos Municípios, feito pelo Centro de Liderança Pública (CLP), ficou para Sobral e Fortaleza, nos 3º e 4º lugares. Crato (9º) e Quixeramobim (10º) também aparecem na lista
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FORTALEZA ganha evidência nos quesitos funcionamento da máquina pública e finanças (Foto: FCO FONTENELE)
Foto: FCO FONTENELE FORTALEZA ganha evidência nos quesitos funcionamento da máquina pública e finanças

As cidades cearenses de Sobral e Fortaleza foram destaque na primeira edição do Ranking de Competitividade dos Municípios, ficando, respectivamente, em 3º e 4º lugares entre as cidades do Nordeste. O levantamento analisa dados sobre gestão pública, indicadores de programas e políticas públicas. Observando as dez cidades mais competitivas da Região, quatro são cearenses. Além de Sobral e Fortaleza, Crato (9º) e Quixeramobim (10º) aparecem na lista.

Realizado pela primeira vez pelo Centro de Liderança Pública (CLP), em parceria com a Gove e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), o ranking utiliza dados autodeclaratórios dos municípios, que normalmente já são disponibilizados para a população.

A pesquisa considera os municípios com mais de 80 mil habitantes. As notas foram elaboradas a partir de 55 indicadores, distribuídos em 12 pilares temáticos considerados fundamentais para a promoção da competitividade e melhoria da gestão pública dos municípios brasileiros: Sustentabilidade Fiscal; Funcionamento da Máquina Pública; Acesso à Saúde; Qualidade da Saúde; Acesso à Educação; Qualidade da Educação; Segurança, Saneamento e Meio Ambiente; Inserção Econômica; Inovação e Dinamismo Econômico; Capital Humano; e Telecomunicações.

A força da educação

Para obter seu resultado, Sobral foi destaque em Educação, item com o segundo maior peso no levantamento, atrás apenas de Inovação e Dinamismo Econômico. O levantamento destaca a gestão de educação sobralense como "uma referência de resultados educacionais no Brasil", com ótimo resultado no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) e com potencial de crescimento na nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

Sobral recebeu nota máxima e melhor colocação do Brasil em dois dos três indicadores de Educação do ranking. O que minou o resultado da cidade foi a segurança pública, uma das cinco piores do levantamento. Os resultados mais críticos na cidade foram nos indicadores de Mortes Violentas Intencionais e Mortalidade de Jovens por Razões de Segurança.

O problema da insegurança

Quanto a Fortaleza, vale destacar o resultado na dimensão da administração das instituições que inclui o funcionamento da máquina pública e finanças, ficando entre as 30 melhores do País, juntamente com Recife-PE, as duas únicas cidades do Nordeste no grupo. Ponto negativo no resultado fortalezense diz respeito à segurança pública e saneamento básico, além de resultado aquém no acesso à saúde.

Outras cearenses no ranking, Quixeramobim e Iguatu são destaques em Acesso à Educação, ficando entre as cinco melhores neste quesito, com resultados impulsionados por causa da quantidade de alunos em tempo integral no ensino fundamental. Neste parâmetro, inclusive, Quixeramobim foi o mais bem avaliado do País, com nota máxima. A cidade ainda foi além e conseguiu ficar entre as cinco melhores do Brasil no resultado de Inserção Econômica, puxado pelo seu crescimento na oferta de empregos formais.

A importância da saúde

Já Quixadá foi destaque em nos dados de Capital Humano, com bons resultados na taxa bruta de matrícula no ensino técnico e profissionalizante. E Aquiraz foi a melhor em cobertura de atenção básica no pilar de Saúde.

Wandemberg Almeida, membro do Conselho Regional de Economia do Ceará (Corecon-CE), diz que a atenção e priorização da política de educação no Estado permitirá crescimentos duradouros na competitividade dos municípios. No entanto, observa, os indicadores de segurança são preocupantes, o que mostra ser necessária uma adaptação no plano para o setor.

"É importante colocar que o relatório vai fundamentar políticas públicas de maior qualidade, monitorando e implementando políticas de base. Essa maior atenção vai permitir maiores crescimentos no futuro", reforça.

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