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Hotéis do Ceará querem ampliar capacidade de ocupação para 80% no Réveillon
Economia

Hotéis do Ceará querem ampliar capacidade de ocupação para 80% no Réveillon

Entidade setorial enviou o pedido de relaxamento ao Governo do Estado, para aumentar ocupação hoteleira de 60% para 80% do limite máximo, mas ainda não obteve resposta
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A realização de reuniões coorporativas nos espaços dos hotéis do Ceará é a principal solicitação do setor no processo de reabertura gradual das atividades no Estado (Foto: Barbara Moira)
Foto: Barbara Moira A realização de reuniões coorporativas nos espaços dos hotéis do Ceará é a principal solicitação do setor no processo de reabertura gradual das atividades no Estado

A Associação Brasileira das Indústrias de Hotéis no Ceará (ABIH-CE) busca ampliar a capacidade de hóspedes prevista no decreto estadual de 60% para 80% do limite máximo durante o Réveillon, sob a justificativa de alta demanda e protocolos rígidos de biossegurança adotados. A solicitação formal para a flexibilização foi entregue ao Governo do Estado há cerca de duas semanas.

Em 2019, a taxa de ocupação ficou em 96% no período. Neste ano, apesar da não realização da tradicional festa no Aterro da Praia de Iracema, por conta da pandemia do novo coronavírus, reservas já atingiram o limite em alguns estabelecimentos. O presidente da ABIH-CE, Régis Medeiros, diz que o segmento já seguia padrões de higienização antes da crise sanitária, intensificados e adequados às necessidades atuais.

"Hoje, podemos ocupar apenas 60%. Então, já protocolamos a possibilidade aumentar para 80%, mas não tivemos um retorno até o momento. Acreditamos que, se os voos podem vir com 100% dos passageiros, os hotéis também podem usar sua totalidade. Claro, com os protocolos rígidos que estamos seguindo, escalonamento no café da manhã, separação das mesas e as limpezas necessárias", exemplifica.

Outra medida seria a divisão dos hóspedes em áreas diferentes do espaço durante a celebração da virada de ano. Para a ABIH-CE, se o relaxamento for acatado, a taxa de ocupação ficará entre 70% e 80%. Régis afirma que tem crescido a procura pelo turismo interno e, principalmente, para o litoral cearense.

Retomada do setor hoteleiro

A presidente do Visite Ceará/Fortaleza Convention & Visitors Bureau e diretora do Hotel Sonata, em Fortaleza, Ivana Bezerra, lembra do ano atípico, mas comemora a retomada. "No Sonata, já chegamos a 60% das reservas para o Réveillon. Fiz umas consultas extraoficiais e todos devem chegar a esse percentual", conta, destacando que, se houver extensão para 80%, a maioria terá ocupação máxima. Uma estratégia usada a fim de atrair o público tem sido a divulgação das medidas sanitárias para garantir segurança ao consumidor.

A Pousada Capitão Thomaz, em Jericoacoara, também alcançou 100% do permitido. Um atrativo a mais para os clientes foi a retirada da ceia do pacote de Réveillon, reduzindo os valores das hospedagens, além de treinamentos de prevenção e combate à Covid-19. "A procura foi alta. Estamos com todas as reservas fechadas há mais de 40 dias", afirma a proprietária do empreendimento, Helena Farias.

Segundo o Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil (FOHB), o valor médio da diária em Fortaleza, de janeiro a outubro deste ano, foi de R$ 204,89. Uma queda de 2,89% em relação a igual recorte em 2019, quando estava em R$ 210,82. Já a taxa de ocupação caiu de 71,76% para 35,23% na comparação dos períodos.

Promoção do turismo cearense

Para a retomada do turismo local, o Governo do Ceará realiza roadshows (evento itinerante que percorre diversas regiões) em 26 cidades no Brasil. As vantagens e belezas locais são mostradas aos agentes e operadores de viagem, além de reforçar que o Ceará recebeu, no início de outubro, o selo de segurança global Safe Travels do Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC, sigla em inglês). A certificação foi concedida após a Secretaria do Turismo (Setur) apresentar ao órgão os protocolos estabelecidos pelo governo estadual.

De 3 a 6 deste mês, o evento passou por Manaus, Belém, São Luís e Teresina. De 9 a 13 de novembro, foi a vez de Brasília, Salvador, Natal, João Pessoa, Recife e Aracaju. Já de 16 a 20, passou em Porto Alegre, Florianópolis, Curitiba, Londrina e Campo Grande.

Nesta semana, começou em Vitória e Belo Horizonte. Ontem, esteve em Juiz de Fora (MG) e Rio de Janeiro. De hoje a domingo, percorre a Grande São Paulo. A última rota vai do dia 30 de novembro a 4 de dezembro, com Uberlândia (MG), Ribeirão Preto (SP), Campinas (SP), novamente em São Paulo e Santos (SP).

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