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O que os CEOs aprenderam com a pandemia e pretendem aplicar em 2021
Economia

O que os CEOs aprenderam com a pandemia e pretendem aplicar em 2021

Bancos, serviços e comércio fizeram uma digitalização inédita no País, quebraram resistências e passaram a liderar milhares de funcionários remotamente
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Preenchimento agora será pela internet (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil Preenchimento agora será pela internet

A pandemia do novo coronavírus trouxe desafios e aprendizados para os presidentes de grandes empresas, que tiveram pouco tempo em 2020 para se adaptar a uma nova economia e promover transformações que demorariam meses para sair do papel.

Diante do cenário adverso provocado pela Covid-19, bancos, serviços e comércio fizeram uma digitalização inédita no País, quebraram resistências e passaram a liderar milhares de funcionários remotamente. Em depoimentos, oito CEOs de grandes empresas contam que práticas como o home office e o comércio eletrônico vieram para ficar.

Para 2021, os executivos trabalham com um cenário de muita incerteza, já que não há como saber quando a população estará vacinada. Entre as palavras que mais apareceram nas conversas dos executivos estão cliente e sustentabilidade. "A pessoa, hoje, quer se sentir acolhida. É fundamental oferecer um trabalho de atendimento no e-commerce que seja fora da média", diz Alexandre Birman, presidente da Arezzo. No caso da sustentabilidade, o tema deixou de ser diferencial para se tornar uma exigência do mercado e de investidores. É reconhecido agora pelas lideranças como uma necessidade incorporada ao ambiente de negócios. "Antes, o discurso seguia a linha de que ser sustentável era caro. Hoje, vemos que é um pré-requisito", diz o presidente da Renner, Fabio Adegas Faccio.

Mas, sem saber quando a população estará vacinada, eles terão de se adequar às circunstâncias. "Nesse sentido, o banco trabalha com um cenário que vai se ajustando de acordo com os avanços na erradicação da pandemia e seus efeitos na economia. 2020 veio sem manual de instrução; 2021 será um ano diferente, com as coisas se ajeitando gradualmente", diz o presidente do Bradesco, Octavio de Lazari Jr. Para o executivo, o desafio neste ano será consolidar as mudanças e recuperar os prejuízos.

Não por acaso, a principal palavra citada pelos executivos para definir os aprendizados de 2020, os desafios e as tendências para 2021 é "cliente". "Estamos trabalhando 24x7 para transformar o Itaú Unibanco. Na prática, significa continuar avançando com os temas prioritários do banco, que incluem a centralidade no cliente, a digitalização e uma ampla agenda de ganhos de eficiência", diz Candido Bracher, presidente do Itaú.

Digitalização é outro termo usado pelos executivos quando questionados sobre aprendizados e tendências. Num ano em que a população teve de se isolar, a digitalização foi a solução tanto para quem ficou em casa como para as empresas que tiveram de fechar lojas. O avanço alcançado em alguns meses não teria ocorrido tão rapidamente em tempos normais.

Os bancos digitais se expandiram diante de clientes que perderam o medo do mundo online para fazer transações. O mesmo ocorreu com o varejo, cujas operações digitais cresceram como nunca. "A pessoa, hoje, quer se sentir acolhida. É fundamental oferecer um trabalho de atendimento no e-commerce que seja fora da média", diz Alexandre Birman, presidente da Arezzo.

O coronavírus também acelerou outros processos que vinham ganhando espaço, como o home office e a sustentabilidade. Esses conceitos foram apontados pelos executivos como práticas que serão mantidas mesmo ao fim da crise. "Ganhamos produtividade nesse ambiente digital, remoto, mas, com isso, é preciso cuidar ainda mais do engajamento e da saúde mental. Nada substitui a interação humana. Entendemos que o futuro é híbrido", afirma a presidente da empresa de softwares SAP no Brasil, Adriana Arolho

No caso da sustentabilidade, o assunto deixou de ser um diferencial para se tornar uma exigência do mercado e dos investidores. "Antes, o discurso seguia a linha de que ser sustentável era caro. Hoje, vemos que é um pré-requisito", diz o presidente da Renner, Fabio Adegas Faccio. (Agência Estado)

 

 

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