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Educação financeira para moldar a próxima geração
Reportagem

Educação financeira para moldar a próxima geração

Escolas.
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Gerações de brasileiros sem preparação para controlar as próprias finanças sofreram para encontrar o equilíbrio que lhes permitisse viver de forma tranquila. E a pesquisa da Febraban mostra isso. Quanto mais jovem, menor o percentual de condição financeira nos níveis ótimo e muito bom. Esse percentual vai subindo lentamente com o avançar da faixa etária.

Fábio Castelo Branco, economista e membro do Corecon-CE, entende que ao ensinar educação financeira desde cedo, as crianças terão a consciência da importância do cuidado com a vida financeira. "A tendência é de melhorar, pois as próximas gerações terão uma cultura desde cedo em gerir melhor suas finanças pessoais junto a sua família."

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+A virada de chave por meio do conhecimento

Essa demanda não é de hoje. Mas, no que se refere às mudanças nos currículos escolares na rede pública, vemos passos lentos. Por enquanto, temos parecer do Conselho Nacional de Educação (CNE), homologado pelo Ministério da Educação, que prevê que as redes de ensino adequem os currículos da educação infantil e fundamental, para que o tema seja abordado de forma transversal em aulas e projetos.

Ao O POVO, a Secretaria Municipal de Educação de Fortaleza (SME) destaca que o assunto é trabalhado transversalmente, mas não altera a matriz curricular. Portanto, não cria a matéria Educação Financeira, com aulas regulares na semana escolar. Em contrapartida, a SME desenvolve nas escolas ações pedagógicas como o Clube de Aprendizagem, que aborda a temática.

Há ainda o Prêmio Sefin, que incentiva a reflexão sobre a importância social dos tributos para a sustentabilidade da vida em sociedade. Um novo projeto, esse lançado em junho, vai dar aulas de empreendedorismo aos alunos e coordenadores pedagógicos da rede municipal.

Já na rede estadual, a Secretaria de Educação do Ceará (Seduc) informa que há oferta de atividades voltadas aos Programas de Educação Fiscal e de Educação Financeira. Nas escolas de tempo integral, são disciplinas eletivas da grade curricular do Ensino Médio.

Na disciplina de Educação Fiscal, o foco é na abordagem didático-pedagógica interdisciplinar, o compartilhamento e a reflexão sobre a origem, aplicação e o controle dos recursos públicos. Em Educação Financeira, busca desenvolver técnicas que possibilitem aos participantes gerir com eficiência seus próprios recursos financeiros. Dessa forma, a disciplina busca interferir positivamente no desenvolvimento econômico familiar e comunitário. Durante as aulas, os alunos conhecem, por exemplo, noções de economia doméstica e pessoal e tipos de investimentos.

Nas escolas profissionalizantes, o tema é abordado a partir da oferta de cursos pertencentes ao eixo gestão e negócios, que estão mais ligados a essa temática.

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