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Expansão da matriz elétrica cearense soma a 205,8 MW em 2021
Economia

Expansão da matriz elétrica cearense soma a 205,8 MW em 2021

Em setembro, Aneel bateu meta 3 meses antes do previsto. Mas acréscimo à geração não ameniza crise a elétrica do País
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Reforço para o sistema vem em maior número das energias renováveis (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil Reforço para o sistema vem em maior número das energias renováveis

Em meio a maior estiagem em 90 anos do Sudeste e Centro-Oeste que deflagrou a crise energética no País, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) comemorou essa semana o acionamento de 4.882,88 megawatts (MW) em usinas de geração de energia elétrica liberadas neste ano até setembro - ultrapassando a meta de 4.790,4 MW estipulada para daqui a três meses. No Ceará, a expansão da matriz elétrica somou 205,8 MW em 2021.

O potencial foi o 6º maior do País, entre as 19 unidades da federação que também tiveram novos equipamentos acionados entre o primeiro e o nono mês deste ano. No Nordeste, Bahia (969,74 MW), Rio Grande do Norte (937,8 MW) e Piauí (299,1MW) tiveram expansão maior do que a do Ceará.

Mas, no País, o destaque foi para o Rio de Janeiro, que sustentou 27,04% da expansão nacional ao registrar o acionamento de 1.338,30 MW.

"O salto observado em setembro deve-se, em grande medida, à entrada em operação comercial da usina termelétrica GNA I, movida a gás natural, com 1.338,30 MW de capacidade instalada - considerada a segunda maior termelétrica do país, no Porto do Açu, Rio de Janeiro", explica a Aneel.

Quanto ao Ceará, após esta marca, são 142 usinas em operação e uma potência instalada de 4.763,79 MW. A maioria (93) são de eólicas, seguidas de 37 termelétricas, 9 fotovoltáicas, 2 hidreletréticas e a usina de ondas do Pecém (sem produção para o Operador Nacional do Sistema ainda).

"Grande parte desse crescimento em 2021 veio de fontes renováveis, com 47,69% provenientes de fonte eólica e 10,90% de usinas solares fotovoltaicas."

Apesar da ampliação, as condições de geração para atender a demanda do País seguem críticas. A bandeira tarifária "Escassez Hídrica", que extrapola os limites da vermelha patamar 2, deve vigorar até abril de 2022.

A expectativa é de que, entre outubro e o fim do ano, as chuvas aconteçam pelo menos na média e possam reabastecer os reservatórios do Centro-Oeste e Sudeste, onde estão localizadas as hidrelétricas que mais tem participação na geração de energia do País.

"Até o fim do ano, a expectativa da ANEEL é de que 2.552,42 MW entrem em operação no país, sendo mais de 1000 MW a partir de fonte solar, aproximadamente 800 MW de usinas eólicas e quase 600 MW de outras fontes renováveis, como biomassa e hídricas. Há 79 usinas em operação em teste neste momento, 17 delas a partir de setembro", diz a Aneel. (Armando de Oliveira Lima)

 

Ranking dos estados

RJ

1.338,30 MW

BA

969,74 MW

RN

937,8 MW

PI

299,1 MW

MS

252,12 MW

CE

205,8 MW

PB

183,65 MW

PE

158,84 MW

MG

118,5 MW

AM

84,65 MW

SP

74,04 MW

PR

67,75 MW

RO

64 MW

SC

54,99 MW

RS

43 MW

ES

12,01 MW

MT

12 MW

GO

3 MW

PA

0,8 MW

 

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