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Fiocruz: precisamos intensificar a atração de empresas para o hub da saúde
Economia

Fiocruz: precisamos intensificar a atração de empresas para o hub da saúde

| Desenvolvimento | Vice-presidente de Gestão e Desenvolvimento Social da Fundação defendeu o estímulo à captação de indústrias estratégicas para o polo do Eusébio
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DIRETOR afirmou que Fiocruz pode ajudar na regulamentação das empresas no Brasil (Foto: Arquivo Rota Ceará/Divulgação)
Foto: Arquivo Rota Ceará/Divulgação DIRETOR afirmou que Fiocruz pode ajudar na regulamentação das empresas no Brasil

A atração de empresas de base tecnológica e complementares devem ser o foco da Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz) e do Governo do Estado para o hub de saúde instalado no Eusébio, a 24 km de Fortaleza. A atitude classificada como "mais pragmática" foi defendida por Mário Moreira, vice-presidente de Gestão e Desenvolvimento Institucional da Fiocruz.

Desde 2018, a empresa é a âncora do hub e tem atuado em uma área de 32 hectares com a formação de pessoas, mas tem ainda o projeto de uma unidade de produção de vacinas da Biomanguinhos na área. A ideia de Moreira foca justamente nessa segunda estrutura que está em instalação, idealizando a atração de empresas correlatas à atuação da Fiocruz e formando uma cadeia produtiva de alta tecnologia no Ceará.

"A gente tem que imaginar que a Fiocruz e o Governo do Estado têm potência, garantindo compra, por exemplo, para fomentar o surgimento de indústrias. Temos mão de obra qualificada, tanto técnica quanto superior, temos demandas claras do ponto de vista de novos produtos para os quais a Fiocruz não quer verticalizar a produção. Portanto, a Fiocruz, como âncora, tem como organizar essa cadeia produtiva, mas acho que a gente tem que colocar o projeto em movimento", declarou ao O POVO.

Entre as indústrias viáveis pela demanda gerada pelo Estado e Fiocruz, Moreira citou produtores de imunobiológicos e fabricantes de sondas e primers (uma cadeia curta de DNA ou RNA que serve como ponto de partida da síntese de DNA). "A Fiocruz não tem condição e nem como orientação estratégica verticalizar a produção, mas seria do interesse ter esse setor qualificado com bons produtos, certificado pela Anvisa a favor da produção nacional, gerando emprego e renda", completou, afirmando ainda que a Fundação prestaria apoio na regulação nos órgãos federais.

O vice-presidente de Gestão e Desenvolvimento Social da Fiocruz esteve no Rota Ceará, evento que promove o debate entre especialistas e empresas sobre os hubs estratégicos da Saúde, do Agro e do Hidrogênio Verde do Estado. A agenda acontece até a próxima quinta-feira, 31, no auditório da Federação das Indústrias do Ceará (Fiec).

Mais do que reunir os atores dos hubs, o Rota busca ainda difundir as oportunidades de negócios para os empresários locais, segundo destacou Ricardo Dreher, organizador do evento. "Nosso objetivo é promover as oportunidades que esses três hubs estão trazendo para cá e que vão fomentar a nossa economia nos próximos anos", ressaltou.

 

Programação

Hub Agro

14h: Abertura

14h30: "A vocação do agro do Ceará, desafios e oportunidades", com Amílcar Silveira, presidente da Faec.

15h15 às 17h: Cenários do Agro e a vanguarda do Ceará

Tema 1: "As oportunidades e desafios do agronegócio cearense no contexto nacional e internacional", com Luís Roberto Barcelos, ex-presidente da Abrafrutas e sócio da Agrícola Famosa

Tema 2: "A experiência de vanguarda da carcinicultura no Ceará", com Cristiano Maia, presidente da Camarão BR.

Tema 3: "Usina de urânio e fosfato e as oportunidades para agronegócio", com Tomás Figueiredo Filho, diretor da ANM

 

Presença

Ainda participaram do primeiro dia do Rota Ceará o idealizador do capacete Elmo, Marcelo Alcântara; um dos inventores da vacina contra covid-19 da Uece, Ney Almeida; e Luís Moura, presidente do Instituto do Obeso

 

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