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No Ceará, segmento prevê crescer até 10% no 2º semestre de 2022
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No Ceará, segmento prevê crescer até 10% no 2º semestre de 2022

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Setor comemora faturamento de R$ 1,5 bi em 2021, e crescimento substancial, principalmente, no segmento de cosméticos  (Foto: Samuel Setubal-Especial para O Povo)
Foto: Samuel Setubal-Especial para O Povo Setor comemora faturamento de R$ 1,5 bi em 2021, e crescimento substancial, principalmente, no segmento de cosméticos

A indústria química no Estado deve crescer até 10% no 2º semestre de 2022, frente ao 1º trimestre, seguindo tendência do setor de apresentar um melhor desempenho entre julho e dezembro, conforme projetou o presidente do Sindicato das Indústrias Químicas do Ceará (Sindquímica-CE), Paulo Gurgel.

"Houve um crescimento substancial na indústria química, em geral, e, principalmente, no segmento de cosméticos no ano de 2022 porque aqueles produtos que tiveram aumento de vendas no ápice da pandemia, não voltaram aos níveis de 2019, por conta da conscientização crescente da população quanto à questão da necessidade de higienização, do uso de álcool em gel, dos sabonetes antisséptico, entre outros produtos, independentemente da melhoria no quadro epidemiológico da Covid-19", avaliou Gurgel.

Ele acrescenta que o faturamento do setor no Ceará em 2021, chegou a R$ 1,5 bilhão, o que representou uma participação de 6,3% no PIB da indústria estadual, como um todo. Já o crescimento no número de empregos foi da ordem de 5,7%. O segmento também vendeu para o Exterior US$ 56,4 milhões no ano passado, o equivalente a R$ 293,8 milhões na atual cotação da moeda norte-americana e representa 2,5% da pauta exportadora do Estado. "Esse número deve chegar a casa dos bilhões, quando estiver em operação a indústria do hidrogênio verde", estipulou o presidente do Sindquímica.

Paulo Gurgel destacou também que para continuar crescendo, o segmento aposta na consolidação do Polo Químico de Guaiúba e nas conversações para a instalação de um polo industrial multissetorial em Maranguape.

"O Polo de Guaiúba já é uma realidade e é questão de tempo a chegada de novas indústrias lá. Já em Maranguape, nós estamos negociando não só com a Prefeitura, mas também com o setor têxtil e o metal mecânico", afirma.

Ele estima que de três a quatro indústrias químicas devem se instalar em solo maranguapense, caso o empreendimento avance. "O terreno já está reservado. É uma área de 40 hectares a 1km do centro do município", detalha.

Outros dois pontos que o segmento têm olhado com atenção, segundo Gurgel, são as parcerias com as startups, empresas que trabalham com inovação, e a adaptação da indústria ao conceito de ESG.

" Hoje em dia, no setor, só se fala em ESG (sigla inglesa para definir empresas que assumem compromissos ambientais, sociais e de governança). É uma preocupação positiva que temos", conclui.

 

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