A taxa de consumidores endividados em Fortaleza caiu de 75,8%, em janeiro de 2023, para 70,8%, em janeiro de 2024. Já o índice de inadimplência registrou uma queda de 1,1% no mesmo período.
O levantamento foi feito na primeira pesquisa de Endividamento do Consumidor de Fortaleza deste ano, pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Ceará (Fecomércio-CE).
Em comparação ao mês anterior, foi identificado uma estabilidade no índice de endividamento na capital cearense e um crescimento de 0,4% na taxa de inadimplência.
Na questão de comprometimento da renda familiar, foi apresentado uma estabilização no comparativo entre janeiro desse ano e o mesmo período do ano anterior.
Já em relação a janeiro deste ano com o mês passado, o levantamento mostrou um crescimento de 0,3% na taxa de comprometimento.
O endividamento médio é de R$ 1.799 com prazo médio de oito meses para o seu vencimento total.
O cartão de crédito é o instrumento mais utilizado pelos consumidores, citado por 74,5% dos entrevistados. O financiamento bancário, como de veículos e imóveis, é apontado por 17,5% dos fortalezenses.
Outro meio usado é o empréstimo pessoal, apresentado por 10,6% do público participante da pesquisa e os carnês e crediários, representados com 5,3%.
Os resultados do relatório revelam que são os gastos correntes que predominantemente contribuem para o endividamento, destacando-se aquisição de alimentos a prazo, mencionada por 51,5% dos entrevistados.
Além disso, observa-se o comprometimento financeiro com o pagamento de aluguel residencial (16,0%), a cobertura de despesas relacionadas à saúde (12,6%) e a educação (11,2%).
Quanto aos consumidores com dívidas pendentes ou contas em atraso, a queda passou de 21,7%, em janeiro do ano passado, para 20,2% neste mês. Houve também uma diminuição de 0,4% em relação a dezembro de 2023.
O desempenho foi o melhor resultado desde março de 2020, que registrou 19,8%, segundo o relatório.
O tempo médio de atraso é de 77 dias. A principal justificativa para o não pagamento das dívidas é o desequilíbrio financeiro, citado por 61,9% dos entrevistados.
O segundo motivo mais mencionado é a necessidade de se adiar o pagamento, para uso dos recursos em outras finalidades, com 39,4% das respostas, seguido da contestação das obrigações (5,6%) e a perda de prazo por esquecimento (5,2%).
A pesquisa também revela que 79,3% dos consumidores fortalezenses afirmam fazer orçamento mensal e acompanhamento eficaz dos gastos e rendimentos.
10,8% dos entrevistados relataram que fazem orçamento dos rendimentos, mas sem controle eficaz dos gastos. 9,9% informaram não possuir orçamento nem controle das finanças.
O Índice de Confiança do Consumidor de Fortaleza (ICC) registrou 121,7 pontos em janeiro. O crescimento foi de 0,7% em comparação ao último mês de dezembro, que apontou 120,8 pontos.
A pesquisa também foi realizada pela Fecomércio-CE, por meio do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento do Ceará (IPDC).
O índice apresentado pelo ICC demonstra confiança para 2024, afirma Cláudia Brilhante, Diretora Institucional da Fecomércio-CE.
“Então iniciamos o ano com boas notícias e com dados da economia positiva. O Índice de Confiança do Consumidor também teve um resultado positivo, nós tivemos um acréscimo em relação a dezembro e isso mostra que o consumidor está organizado e acreditando que a economia do país tende a melhorar”, explica Cláudia.
A melhoria da confiança do consumidor tem sido acompanhada do aumento da intenção de compra mensal, afetando positivamente a economia local.
A melhoria do ICC decorreu das variações dos seus dois componentes. O Índice de Situação Presente (ISP) caiu 1,5%, passando de 115,2 pontos em dezembro de 2023, para 113,5 pontos em janeiro de 2024.
Já o Índice das Expectativas Futuras (IEF) apontou um aumento de 2,1% em comparação ao mês anterior.
Em janeiro, mais da metade dos consumidores (54,9%) avaliou o período como propício para a aquisição de bens duráveis.
O perfil dos entrevistados com maior disposição de ir às compras destaca-se pelo predomínio do grupo masculino, com 59,2% das respostas afirmativas, com idade entre 18 e 24 anos (63,5%) e com renda familiar mensal entre cinco e dez salários-mínimos (68,2%).
O relatório também mostra que 73,5% dos entrevistados consideram que a situação financeira atual está “melhor ou muito melhor” no período de um ano.
Para as expectativas futuras, há otimismo. 84,4% dos entrevistados acreditam em uma vida financeira positiva.
Sobre a percepção do ambiente econômico nacional, há confiança no cenário nacional. 66,5% acreditam em melhora nos próximos doze meses.
A taxa de intenção de compra passou de 32,1% em janeiro do ano anterior, para 49,7% na medição atual. O crescimento foi de 17,6%.
Em relação a dezembro, a taxa aumentou 1,5% em janeiro.
A taxa de pretensão de compra se concentra nos consumidores do sexo masculino (52,3%), com idade entre 25 e 34 anos (62,9%) e renda familiar mensal entre cinco e dez salários-mínimos (64,8%).
O valor médio das compras é calculado em R$ 597,09.
Confira abaixo